Nova Câmara: Nino Gamba diz que “o político tem que pensar para frente”
Gamba assumiu a vaga deixada por José Zancanaro, secretário de Educação
Perfil
- Ademilson Gamba (PSB)
- 55 anos, natural de Brusque
- Corretor de imóveis
- 869 Votos
Vai ser da base de apoio ao governo ou da oposição?
“Eu sou da base de apoio ao governo, ajudei a elegê-lo, vou trabalhar junto a ele, desde que ele mande projetos de interesse da população, pela qual fui eleito”.
Você é contra ou a favor de redução dos salários do vereador?
“Eu sou contra a redução porque o vereador tem gastos para trabalhar. O vereador precisa ser remunerado, tem despesas para percorrer o município. O salário do vereador tem que ser digno, o vereador em Brusque não ganha horrores, ganha o normal. A casa é enxuta, não tem gastos excessivos”.
Avalia como boa ou ruim a escolha de Jonas Paegle como prefeito pela população?
“Ele foi escolhido pelo povo e a voz do povo é soberana. Ele é uma pessoa de boa índole, foi vereador duas vezes. A voz do povo é a voz de Deus”.
É favorável a vereadores eleitos ocuparem cargos no governo municipal?
“Eu estou numa situação difícil, estou aqui justamente porque o professor Zancanaro saiu da Câmara e foi para um cargo técnico. Mas isso é uma coisa que tem que ser mudada nos três níveis, nacional, federal e municipal. Se eu fosse eleito vereador eu ficaria como vereador, não trocaria. Mas é uma prática em todos os níveis, teria que ter uma lei para que se colocasse ordem”.
É contra ou a favor a proibição de radares e redutores eletrônicos de velocidade em Brusque, aprovada pela Câmara em 2014?
“Eu sou contra os radares, favorável à proibição. Os radares não educam. A nossa cidade tem o turismo [de compras] e os radares só iriam trazer prejuízos a ela”.
Você vota prioritariamente a favor ou contra pedidos de abertura de CPI?
“A CPI tem que ter fundamento. Desde que comprovado o problema, acho que a CPI tem que ser aberta. Mas existem CPIs que são abertas, ninguém investiga nada, só tira tempo. Se ela tem fundamento não tem problema nenhum”.
O que pesa mais na hora de votar: orientação do partido ou posição pessoal?
“As duas. Eu fui eleito pelo partido, mas a vontade que prevalece é a que for favorável ao povo. O que existe na Câmara, às vezes, é muita briga, muita picuinha, por causa de siglas partidárias e isso não faz nenhum bem”.
Qual é o principal problema de Brusque, que você como vereador pode contribuir para solucionar?
“O principal problema é o planejamento, a cidade que tem o planejamento se desenvolve fácil. Se usa muito obra eleitoreira, que enche os olhos, mas que não traz um projeto para a cidade. O político tem que pensar para frente, fazer hoje o que vai ser usado daqui 20 anos”.
Terá alguma bandeira durante a legislatura?
“Todo mundo fala em saúde. É a principal coisa que atinge o ser humano. As três áreas mais importantes são saúde, educação e segurança pública. Tem que resolver o problema das filas, da rapidez no atendimento em exames e consultas. Se você tem uma dor, não pode esperar até amanhã. Tem que ser analisada na hora”.
Qual foi a principal demanda que a população levou a você durante a campanha?
“A saúde é uma das principais. As pessoas marcavam o exame e faziam depois de meses, quando já não tinha mais o problema, ou gastavam com consultas particulares”.