Museus de Brusque receberam cerca de 7 mil visitantes neste ano
Maior parte dos visitantes das três instituições é composta por estudantes da rede pública de ensino
Maior parte dos visitantes das três instituições é composta por estudantes da rede pública de ensino
Objetos e documentos antigos que reconstroem a história da colonização, da indústria têxtil, da religiosidade e de personagens de Brusque atraíram, de janeiro a agosto deste ano, cerca de oito mil visitantes ao Museu Arquidiocesano Dom Joaquim, à Casa de Brusque e ao Instituto Aldo Krieger (IAK).
As três instituições, que precisam de recursos da prefeitura para se manter, recebem, sobretudo, estudantes da rede pública de ensino. Além deles, pessoas de outros municípios e até de outros estados também costumam visitar os museus.
“Aqui aumentou o número de visitantes neste ano. Acredito que o que auxilia nesse aumento é a divulgação que fazemos. Nós temos Facebook e site e sempre fazemos postagens. Também realizamos alguns eventos, e sempre procuramos divulgá-los na nossa página e também por meio da imprensa”, afirma a historiadora da Casa de Brusque, Luciana Paza Tomasi.
De acordo com Luciana, no primeiro semestre, o movimento geralmente é mais tranquilo. No segundo, por outro lado, as visitações são registradas diariamente. Além das escolas da cidade, colégios de municípios como Florianópolis e Blumenau também visitam o local.
Em relação às visitas individuais, a historiadora diz que a maioria das pessoas é composta por migrantes que buscam informações sobre a história da cidade ou por brusquenses que estão atrás de documentos sobre os antepassados para fazer a dupla cidadania.
“Eu já percebi que os brusquenses se interessam quando precisam de algum documento ou de alguma informação. Eles vêm mais com esses objetivos. Agora para visitar e conhecer mesmo o museu, a maioria é migrantes. E isso não é somente aqui, mas nos outros dois museus da cidade também. O brusquense busca pouco os museus”, avalia a historiadora.
De janeiro a agosto, a Casa de Brusque recebeu quase duas mil pessoas. Número semelhante ao registrado no Instituto Aldo Krieger – cerca de 1,8 mil visitantes. O número, satisfatório para o diretor-presidente da instituição, Carmelo Krieger, está relacionado às atividades e aos projetos que ocorrem no local.
“Nós temos atividades quinzenais e vários projetos em andamento, e isso tem público muito grande, principalmente em razão das apresentações no palco. O fluxo de pessoas é grande. Mas também recebemos pessoas que vêm apenas para visitações”, diz.
Segundo Krieger, o instituto recebe não apenas visitantes de Brusque e da região, mas também de outros estados, como Fortaleza e Paraná, e de outros países, como Alemanha e Itália.
“As pessoas que já vão vir pra Brusque procuram na internet locais para visitar, e acham o museu, e então vêm até nós”, diz. “Já os brusquenses que nos visitam, dizem que desconheciam o espaço. Eles passam na frente e acham que é mais uma casa antiga, não sabem do valor histórico e cultural”, completa o diretor-presidente.
Seguindo o mesmo cenário do Instituto Aldo Krieger e da Casa de Brusque, o Museu Arquidiocesano Dom Joaquim também registra visitas constantes, sobretudo de grupos escolares. De acordo com o auxiliar administrativo do local, Marcílio Vandresen, o espaço registra média de 500 visitantes por mês.
“Nós temos projeto com a Secretaria de Educação, o que traz uma média de 40 crianças por semana ao museu. E isso acaba aumentando o número. Mas, analisando os particulares, o número é menor. Não chega a 100 pessoas por mês”, afirma.
Para Vandresen, a baixa procura de “particulares” está relacionada à falta de divulgação do museu. Segundo ele, os visitantes dizem que não sabiam da existência do local antes de visitarem o Complexo de Azambuja.
Os museus de Brusque
Museu Arquidiocesano Dom Joaquim
Inaugurado em 1960, o Museu Arquidiocesano Dom Joaquim tem cerca de quatro mil peças em exposição. Os três pisos do local são divididos em história natural, arte sacra e história da imigração de Brusque e de Santa Catarina.
Localizado ao lado do Santuário, no Complexo de Azambuja, o local permanece aberto ao público de segunda a segunda, das 13h às 17h. Para acessá-lo, os adultos pagam R$ 5 e as crianças e os idosos R$ 2,50.
Os objetos que mais atraem os visitantes são os animais empalhados, o quadro original da Nossa Senhora de Caravaggio e o antigo relógio da matriz São Luis Gonzaga.
Casa de Brusque
A Casa de Brusque é composta tanto por objetos antigos como por documentos. Boa parte da história do município está registrada em jornais e arquivos mantidos no espaço desde a década de 70.
Teares, objetos pessoais de diversas famílias, indumentária, instrumentos musicais e maquinários agrícolas são alguns dos itens que compõem o acervo da instituição, que está localizada na Avenida Otto Renaux, n° 285, no Centro.
O local conta com dois funcionários e o horário de atendimento é das 8h às 12h e das 13h às 17h, de terça a sexta-feira, e das 13h às 17h, na segunda-feira. Para acessar o espaço, a colaboração é espontânea (R$ 5 para pessoas em geral e R$ 2,50 para estudantes e idosos).
Instituto Aldo Krieger
Desde 2002 divulgando a história do maestro Aldo Krieger e também da música em geral, o Instituto Aldo Krieger está localizado na rua Paes Leme, nº 63, no Centro.
Em exposição há instrumentos musicais, livros e objetos pessoais da família de Aldo Krieger, como louças e porta-retratos.
O local está aberto para visitação de segunda a sexta-feira das 14h às 18h e a entrada é gratuita.