Moradores de Brusque mantêm tradição de decorar casas e ruas na Copa do Mundo
Rua Marcílio Dias, no bairro Santa Rita, é uma das mais coloridas
O clima de Copa do Mundo ainda demora a entrar na maioria das casas brusquenses, mas ainda há quem guarde verdadeiro carinho pela competição e, principalmente, pela Seleção Brasileira de Futebol. A tradição de decorar ruas e casas, principalmente com as quatro cores do Brasil, foi mantida por brusquenses que dão voto de confiança no elenco de Tite e torcem pelo hexacampeonato nacional.
Entre as vias de Brusque, a mais decorada é a Marcílio Dias. Com apoio de vizinhos, foram colocadas bandeirinhas suspensas no alto, com fios pendurados de casa em casa. Uma bandeira pintada no chão também dá aproxima a comunidade à atmosfera da Copa do Mundo na Rússia. Já nas casas, é possível, mesmo que em pouca quantidade, encontrar decorações da seleção, principalmente nas fachadas.
O baixo engajamento para a Copa em todo o Brasil é comprovado numericamente pela pesquisa da Datafolha. A maioria dos brasileiros (53%) não tem interesse pelo Mundial da Rússia, sendo que a região Sul do país chega a estar acima desta média (59%).
Paixão pelo futebol
Poucos moradores de Brusque amam tanto a seleção quanto a família Jacinto. Residindo no bairro Steffen, eles enfeitaram a fachada da casa e o interior com bandeiras do Brasil. Além disso, nos jogos do Brasil, todos se reúnem com uniformes da seleção. Até mesmo os cães da família têm roupas verdes e amarelas.
Apaixonada por futebol, Salete Jacinto não perde um jogo da Copa. Ela vê desde as partidas da manhã até o último jogo. “É difícil alguém que goste de futebol como eu. Nem novela nós vemos, essa semana mesmo estávamos acompanhando a Série B do Brasileirão”.
Salete não desiste de acreditar no potencial do Brasil, mesmo após acompanhar a vexatória eliminação para a Alemanha. Apesar de ter se decepcionado com o empate na estreia desta edição da Copa, ela acredita na classificação para as oitavas de final. “Não foi tudo aquilo, mas as outras seleções também começaram bem nervosas. A Alemanha, por exemplo, perdeu na estreia”.
Neste ano ela aproveitou as decorações de 2014 já que, segundo ela, foi difícil encontrar material no comércio brusquense. “Ainda está fraco, não tem muita coisa para comprar. Mas acredito que se o Brasil melhorar o desempenho vão ter mais pessoas procurando materiais para decorar a casa”. Ela acredita também que a atual situação econômica do país e a recente greve dos caminhoneiros fez com que fosse perdido o foco na Copa do Mundo entre as pessoas.
A família se reúne sempre em dias de jogo da seleção. O marido Marcio Jacinto, os filhos Tayná e Rafael Jacinto e até mesmo a neta Maria Rita Jacinto vivem o clima do Mundial. No último domingo, 16, que marcou a estreia da seleção na Copa a família fez um churrasco. “E já está combinado um entrevero caso o Brasil vá para a final”, completa.
Aniversário temático
Todo ano de Copa, Tenili Caterine Lang, de 13 anos, recebe um aniversário com o tema da seleção brasileira. No último dia 16, véspera da estreia brasileira na competição, ela teve mais uma festa com as cores do Brasil, e a decoração foi mantida na casa da família Lang. Este foi o terceiro ano que Tenili recebeu a festa temática.
Segundo sua mãe, Osmarina Lang, ela é bastante engajada com a Copa do Mundo e gosta de futebol. “De manhã ela já liga a TV para ver as partidas de outras seleções. Nós também estamos bastante interessados, acompanhando todos os jogos aqui”.