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Médico do Hospital Azambuja ensina como reconhecer sintomas de dengue e tira dúvidas sobre a doença

Brusque tem mais de 3 mil casos confirmados e sete mortes

Com mais de 3 mil casos confirmados de dengue, de acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela prefeitura na segunda-feira, 16, e sete mortes, Brusque tem uma das situações mais graves da doença em Santa Catarina.

O médico responsável pela clínica médica do Hospital Azambuja, Antônio Lanna, reforça a importância de se prevenir contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, e também reconhecer os sintomas e procurar atendimento médico já nos primeiros sinais.

O médico esclarece algumas dúvidas em relação à doença. Confira:

Hábitos do mosquito
O médico Antônio Lanna destaca que, ao contrário do que muitos pensam, o mosquito da dengue não apresenta restrições em seus horários. “Ele se alimenta através das picadas, preferencialmente ao amanhecer e ao entardecer, porém, pode picar a noite e na madrugada. O uso de produtos repelentes é extremamente indicado ao longo de todo o dia”.

Será que eu estou com dengue?
De acordo com Lanna, a febre é um dos sintomas mais clássicos da doença: “A febre está quase sempre presente, febre alta de início abrupto, acompanhada de dores pelo corpo, dor de cabeça e dor atrás dos olhos”.

Ainda sobre sintomas da doença, o médico ressalta que outro sintoma comum é o exantema, uma vermelhidão principalmente em face e membros, que some ou fica branca quando pressionada e está normalmente acompanhada de uma coceira desconfortável. 

Quando procurar ajuda?
O vírus da dengue causa sintomas diferentes nas pessoas e, segundo o médico, pode gerar desde sintomas leves até levar à morte. Por isso, Lanna recomenda que ao surgir os primeiros sintomas, o paciente procure o serviço de saúde mais próximo para que seja avaliado adequadamente e seja feita a notificação. “Apenas um desses sinais já indica que você deve procurar o hospital mais próximo ou sua unidade básica de saúde”.

Existem sinais de que estou grave?
De acordo com o médico, existem alguns sinais de alarme, que sugerem um acometimento mais grave da doença.

“Normalmente ocorrem no período de melhora ou diminuição da febre (defervescência). São eles: dor abdominal intensa e contínua; vômitos persistentes; tontura ao se levantar; sangramento na urina ou nas fezes; petéquias (vermelhidão nos membros que não desaparecem com a pressão dos dedos; sangramento gengival além do comum; sonolência ou irritabilidade; pouca eliminação de urina; frio excessivo; dificuldade para respirar. Apresentando qualquer um desses sintomas, provavelmente necessitará de tratamento hospitalar”. 

Como tratar?
O médico destaca que o tratamento da dengue consiste, principalmente, na hidratação do paciente. Em casa, é necessário beber muita água e normalmente utiliza-se medicação sintomática como analgésicos (dipirona ou paracetamol), medicações para náusea e para a coceira. Para uma pessoa de 70 kg, por exemplo, é indicada a ingestão diária de no mínimo 5 litros de líquidos: soro de reidratação, água, sucos ou bebidas caseiras. “Sabe-se que é difícil ingerir tantos líquidos, mas é diferencial na recuperação da doença”.

O que não usar
Em caso de suspeita ou confirmação da doença, o médico afirma que é recomendado que o paciente não utilize medicamentos à base de Ácido Acetilsalicílico, Cetoprofeno, Diclofenaco,Ibuprofeno, Indometacina, Naproxeno. Além disso, é importante buscar atendimento médico se apresentar sintomas da dengue e também está em uso de anticoagulantes, como Varfarina (Marevan) ou Rivaroxabana (Xarelto).