Médico da Prefeitura de Brusque é afastado sob acusação de má conduta com pacientes
Secretaria de Saúde recebeu denúncias sobre o tratamento do profissional com as pacientes da Rede Feminina durante as consultas
Secretaria de Saúde recebeu denúncias sobre o tratamento do profissional com as pacientes da Rede Feminina durante as consultas
Um médico especialista que atua na Rede Feminina de Combate ao Câncer de Brusque e na Clínica da Mulher da Secretaria de Saúde foi afastado do cargo. Foi instaurado um processo administrativo para apurar a conduta do profissional. As denúncias contra ele são referentes à conduta durante as consultas com as pacientes. O nome do médico não foi revelado pela prefeitura, apenas as iniciais M.A.C.
O afastamento foi divulgado no Diário Oficial e o período determinado é de 60 dias. No entanto, ele continuará recebendo salários. O texto também determina que deve ser designado um substituto ao cargo enquanto perdurar o processo administrativo. A portaria foi publicada em 24 de janeiro e já está em vigor.
Conforme apurado por O Município, mulheres atendidas relataram que o médico as tratava com grosseria. Os relatos são de que, em diversas oportunidades, as pacientes saiam do consultório aos prantos e buscavam ajuda das colaboradoras da Rede Feminina.
Na portaria divulgada no Diário Oficial que instaura o processo administrativo, as pacientes retratam o médico como “antipático, desrespeitoso e dispensando tratamento desumano às mulheres que se submetem a consultas”. A Rede Feminina chegou a pedir a substituição do profissional.
A portaria ainda acrescenta que “da mesma forma, nos documentos referenciados e emitidos pela Equipe de Enfermagem da Clínica da Mulher e da Diretoria de Especialidades, onde, transcrevem e elencam uma série de condutas inapropriadas por parte do referido médico”.
As denúncias contra o profissional são referentes a conduta dele durante as consultas das pacientes na Rede Feminina e na Clínica da Mulher.
Uma comissão processante foi formada para conduzir o processo administrativo e apurar os fatos.
Caso comprovada a má conduta do médico após apuração da comissão, as penalidades podem ser aplicadas de acordo com o artigo 183 da mesma lei complementar, que vão desde a advertência até a demissão.
A portaria designou como presidente da comissão processante Rafael Scheibel de Andrade; Susana da Silva como secretária e Maria Matilde Cardoso como representante sindical.
A comissão deverá colher depoimentos e informações que julgar importante. O profissional poderá ser representado por procurador ou apresentar defesa prévia. Além disso, a equipe terá 60 dias para apresentar o relatório final. O prazo poderá ser prorrogado a pedido da comissão.
Erial Lopes de Haro, advogado do médico no processo administrativo, informou que “a defesa comprovará que não houve qualquer transgressão disciplinar”. Ele ainda diz que está “confiante na absolvição”.
Confira a nota na íntegra
O médico, através de seu advogado Erial Lopes de Haro, informa que ao longo dos anos de trabalho na cidade de Brusque, vem buscando melhorias no atendimento médico às pacientes com câncer. Todas as medidas que adotou tiveram como única preocupação ofertar o melhor e mais ético atendimento. Infelizmente a gestão administrativa não tem avaliado desta forma, talvez por falta de conhecimento técnico.
Quanto ao processo administrativo, a defesa comprovará que não houve qualquer transgressão disciplinar e está absolutamente confiante na absolvição.
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