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Projeto Superliga: Moda Brusque mira em orçamento de R$ 3 milhões para se manter na elite do vôlei

Técnico e idealizador do projeto, Maurício Thomas comenta próximos passos

Depois de conquistar quatro títulos, de conquistar o acesso à elite do vôlei feminino nacional e ser vice-campeã da Superliga B numa sequência de 27 vitórias em 30 jogos, a Moda Brusque faz uma pausa nas quadras. Agora, começam os trabalhos nos bastidores para jogar contra os melhores times do país, na Superliga 2022-23, que deverá começar em outubro.

Mesmo de férias (em teoria), o técnico Maurício Thomas continua em ação, participando das aulas das escolinhas da Associação Brusquense de Esporte e Lazer (Abel). Dois dias depois de perder a final da Superliga B, estava ensinando a crianças os fundamentos do vôlei.

“É um projeto meu. Tenho muito amor por isso. Vim para casa por isso. O voleibol me deu muito. É retribuir, retribuir para a cidade de Brusque.” Ele também destaca o resgate da torcida brusquense apaixonada por vôlei, que tem aumentado a atividade nas redes sociais. Na visão do treinador, a ação de marketing com a ex-jogadora Ruth Mosimann Hoffmann ajudou a buscar os torcedores mais antigos.

O sonho de ter um time de vôlei profissional e competitivo em Brusque parecia distante a alguns anos, mas está realizado. Agora é dar sequência ao projeto. “Quero que seja uma potência. Não sei como fazer, mas é o que eu quero. Não tem como esperar que alguém faça por mim. Quero que seja um celeiro de jogadores. Uma referência no pais. No estado, já é. E se eu ficasse em casa sem treino, ficaria louco.”

Thomas recebeu sondagens de alguns clubes e até da seleção brasileira Sub-20, mas seu foco é permanecer em Brusque e continuar o projeto, focando na estruturação do time. Para isto, o primeiro objetivo estrutural é claro: um orçamento de R$ 3 milhões para a disputa da Superliga feminina de vôlei. O interessante, para o treinador, seria manter uma base do elenco atual.

Diversos agentes já procuram a equipe para oferecerem contratações, mas, por ora, não há nenhum orçamento previsto, a não ser o Bolsa-Atleta municipal, que não chega perto de ser suficiente. Com este orçamento, Maurício Thomas julga ser viável o objetivo da Moda Brusque na competição: o 10º lugar, ou seja, a antepenúltima posição. Os dois últimos são rebaixados à Superliga B.

Dentro deste orçamento também está uma maior profissionalização da Moda Brusque enquanto equipe, com comissão técnica completa, departamentos definidos e mais profissionais envolvidos. Com quatro títulos conquistados e 27 vitórias em 30 jogos desde outubro, não há muito mais para mostrar dentro de quadra para provar que a Moda Brusque merece o investimento digno da Superliga.

Thomas relata que, quando havia o time da Brasil Telecom em Brusque, a exposição era enorme na Superliga, inclusive na TV aberta, e que a equipe quebrou recordes de público em duas temporadas. A esperança é de que estas possibilidades também ajudem a convencer potenciais patrocinadores.

A Moda Brusque deve voltar às quadras em julho, para a disputa do Campeonato Catarinense. A montagem do elenco deve ser gradativa, focando primeiro em um plantel para a disputa do estadual e dos Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc). Quanto À Superliga, será necessário definir os recursos que estarão à disposição.

Arena

O estado de conservação da Arena Brusque deixa a desejar em diversos aspectos. Os trâmites para reparos no telhado estão e andamento. Na Superliga, será necessário utilizar um “tapete”, que possui apenas as marcações da quadra de vôlei. Aplicar e retirar esta estrutura não agrada a Moda Brusque do ponto de visa logístico.

Portanto, a solução que será proposta é que, durante a Superliga, a Arena Brusque abrigue apenas jogos da Moda Brusque. Isto ocorreu em outras participações de times brusquense na Superliga A.

Salto

O treinador relata que o orçamento da equipe não chegou a ultrapassar os R$ 700 mil. Houve um receio após as conquistas do Catarinense e da Superliga C, porque várias jogadoras deixaram a equipe, inclusive algumas mais experientes, como Juliana Nogueira, Pully e Ednéia. A reposição foi feita com a contratação de jovens jogadores, como Ale, Glaucia e Geovanna.

“Elas queriam até mais do que eu. Porque era um sonho competir a nível nacional, profissionalmente. Tiveram um desempenho belíssimo. São meninas de muito potencial, mas que ainda não tinham experiência neste nível”, comenta o treinador.

Após a derrota para o Energis 8 São Caetano na final da Superliga B, Maurício Thomas destaca que o clima no seu time era de missão cumprida. “Estavam todas felizes. Sabiam que tinham conquistado tudo. A vaga na Superliga é também um título. Já estamos, de certa forma, entre as 12 melhores equipes do Brasil com seis meses de projeto.”


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