Material escolar deve ter aumento de 8%
Em Brusque, pais já começam a se movimentar e a adiantar as compras
Em Brusque, pais já começam a se movimentar e a adiantar as compras
Uma projeção do Sindicato das Livrarias e Papelarias do Distrito Federal (Sindipel) mostra que o preço do material escolar deve subir até 8% em 2015. E, para evitar um comprometimento maior do orçamento no início do próximo ano, muitos pais estão fazendo a pesquisa de preços e antecipando a compra de alguns itens da lista escolar.
A administradora da Livraria Brusquense, Jaqueline Boos de Farias, afirma que o movimento de pais a procura do material para os filhos já começou. “Com as listas completas ainda não, mas muitos já começaram a procurar, comprar algum item e adiantar essa tarefa”, diz.
De acordo com ela, alguns itens já vieram de fábrica entre 10% e 20% mais caros, e por isso, deve ter um repasse nos preços. “Recebemos alguns itens com aumento, mas acredito que deve ficar nisso mesmo. Não teremos um novo aumento no início do ano”, afirma.
A gerente da Livraria e Papelaria Graf, Tânia Bartelt, ressalta que a loja já está com a coleção 2015, e por isso, os valores não devem se alterar no início do ano. “Temos, certamente, o reajuste da inflação, mas os pais podem ficar tranquilos que não haverá diferença dos preços entre dezembro e janeiro”.
Ela afirma que a antecipação da compra do material escolar já é comum. “Antes as aulas começavam em março. Então, as famílias tiravam férias e deixavam para ver o material em fevereiro. Agora, as aulas estão começando antes, por isso, muitos pais preferem deixar tudo pronto antes do período de descanso”.
O gerente da Millium, Daniel Scotti, destaca que, por enquanto, a loja está focada no período natalino, e ainda não há uma previsão de quanto o material escolar será reajustado. “Após o Natal que iniciamos uma campanha forte de material escolar. Por enquanto, o que está saindo bastante são as mochilas que os pais estão comprando para presentear os filhos no Natal”.
Alto índice tributário
Recentemente, o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) divulgou que os artigos que compõe o material escolar têm uma alta carga tributária. Exemplo disso são as canetas, taxadas em 47%, apontador e borracha com alíquota de 43%, e os cadernos e lápis, 35%. Índices que contribuem para o aumento do custo final ao consumidor.
Há dois projetos tramitando há mais de cinco anos na Câmara Federal: o Projeto de Lei 6705/2009 que pede a redução dos impostos, e a PEC 24/2014, que estabelece o fim dos impostos sobre o material escolar.
“A aprovação da Proposta de Emenda à Constituição seria uma solução imediata para a redução da absurda carga tributária sobre material escolar existente no País e uma forma de demonstrar que nossos parlamentares e governantes realmente levam a sério o tema da educação”, afirma Rubens Passos, presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE).