Má fase da seleção brasileira reflete em desempenho ruim na venda de camisas em Brusque

Depois da eliminação do Brasil na Copa América Centenário, a procura por produtos da equipe é quase nula

O fracasso da seleção brasileira dentro de campo tem reflexos além das quatro linhas. Em Brusque, são poucos os lugares que vendem produtos da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), mas os que o fazem passam por maus bocados. Isso porque depois da eliminação do Brasil na Copa América Centenário, a procura por produtos da equipe nacional é quase nula.

Fernanda Beuting Flores, compradora da Lemus – uma das poucas lojas do município que vendem produtos do Brasil -, diz que a procura por qualquer tipo de artigo esportivo da CBF está em baixa. “Realmente, não tem procura”, afirma. A Lemus vende as camisas oficiais do uniformes um e dois.

A compradora da Lemus diz que, em conversa com vendedores da Lemus Sport, eles contaram que há alguns meses ainda havia procura, ainda que tímida. Alguns clientes pediam produtos pequenos, como bonés, os quais não são vendidos na loja. Hoje, nem isso mais, conta Fernanda.

O cenário se repete na Sport e Cia, localizada no bairro Águas Claras. O vendedor Gabriel Costa conta que as camisas já eram muito pouco procuradas, depois da eliminação na Copa América, então, praticamente não há interessados.

Se o emblema pentacampeão não convence os brusquenses, a Sport e Cia resolveu apelar para o preço. Colocou todos os produtos relacionados ao Brasil em promoção. O resultado não chegou a ser um sucesso, mas pelo menos fez movimentar as mercadorias. “As mochilas até que estão saindo”, conta Costa. As camisas, no entanto, se depender do entusiasmo da clientela, continuarão nos cabides.

O vendedor diz que os resultados dos clubes, e da seleção, dentro de campo são muito importantes para as vendas nas lojas. Quando um time vai bem, as camisas saem mais, quando vai mal, a procura despenca.

Em baixa dentro de campo
A seleção brasileira enfrenta um período de descrédito com a torcida brasileira depois que perdeu de 7 a 1 para a Alemanha na Copa do Mundo de 2014. Depois disso, a contratação de Dunga para ser o técnico – ele que havia sido o treinador na eliminação da Copa do Mundo de 2010 – também não caiu bem.
A última decepção foi a eliminação na fase de grupos da Copa América Centenário, em grupo com Equador, Peru e Haiti.

A expectativa agora é com o desempenho de Tite, ex-técnico do Corinthians, à frente da seleção. Ele foi anunciado oficialmente na semana passada.