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Laboratório de drogas sintéticas descoberto em SC poderia produzir três milhões de comprimidos, diz IGP

Apreensão foi a maior da história do Brasil

Considerada a maior apreensão de ecstasy na história do país, a operação realizada pela Guarnição Especial de Polícia Militar de Imbituba (GEIb) na última quarta-feira, 22, no município de Imaruí, agora ganha proporções muito maiores.

Após análise inicial dos materiais recolhidos no laboratório clandestino descoberto no sítio, localizado no bairro Laranjal, a equipe do Instituto Geral de Perícias de Santa Catarina (IGPSC) constatou que os criminosos tinham matéria-prima suficiente para produzir mais alguns milhões de unidades.

GEIb/Divulgação

Três milhões de unidades

O perito criminal do IGP de Criciúma, André Bittencourt Martins, relata que a quantidade de precursores encontrados no laboratório clandestino – que poderiam sofrer precipitação e se transformar em cristal de anfetamina – representa um potencial de produção até 13 vezes maior que a quantidade de comprimidos prontos apreendidos. Segundo Martins, foram encontrados cerca de 300 litros de precursores anfetamínicos prontos ou pré-prontos.

“Além dos 230 mil comprimidos prontos para consumo, os insumos encontrados no laboratório clandestino seriam suficientes para produzir até 3 milhões de unidades do entorpecente. Embora ainda não estivesse cristalizado, o composto já reagia como anfetamina”, explica.

No local também foram apreendidos 66.520 micropontos de LSD e aproximadamente 48 quilos de MDA, além de quatro munições calibre 38.

Perícia segue rastro dos fornecedores

Paralelo ao trabalho realizado pelos peritos criminais de Criciúma, uma equipe especializada do setor de Análises Forenses do IGP se deslocou de Florianópolis nesta sexta-feira, 24, para efetuar a análise dos insumos e equipamentos utilizados na produção das substâncias entorpecentes.

Foram verificados os pinos de punção dos comprimidos, de modo a averiguar se as características do equipamento batem com outras drogas apreendidas no Estado. Dessa forma, será possível determinar se tais substâncias também tinham origem naquele laboratório.

GEIb/Divulgação

A coordenadora Estadual de Análises Forenses do IGP, Kelly Ribas Lobato, explica que o trabalho de identificação da origem dos insumos e equipamentos é tão fundamental quanto dar materialidade aos comprimidos prontos para consumo que foram apreendidos.

“Estamos analisando os insumos e reagentes que foram utilizados, bem como as rotas de síntese da droga utilizadas. Assim, poderemos rastrear a origem dos materiais. Sem suprimentos não há como produzir esses entorpecentes”, conclui.


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