Júri absolve três homens de tentativa de homicídio no albergue municipal, em Brusque

Porém, eles foram condenados pelo uso de violência

Júri absolve três homens de tentativa de homicídio no albergue municipal, em Brusque

Porém, eles foram condenados pelo uso de violência

Os três homens acusados de uma tentativa de homicídio no albergue municipal, em Brusque, foram absolvidos do crime pelo Tribunal do Júri. A sentença foi publicada nesta sexta-feira, 18.

Porém, o trio foi condenado pelo uso de violência. Todos foram condenados a pena de um ano de reclusão e ao pagamento de dez dias-multa, no valor de um trigésimo do salário-mínimo vigente à época dos fatos, por cada dia multa.

Presos preventivamente, o Júri concedeu soltura aos acusados. Eles podem cumprir a pena com restrição de direitos e prestação de serviços à comunidade.

O crime

Em 4 outubro de 2020, no albergue municipal, um dos acusados discutiu com a vítima, pois acreditava que ele teria abusado sexualmente de crianças, chamando-o de pedófilo, assim como ter, supostamente, feito propostas sexuais a outros moradores do albergue.

Após o início da discussão, todos foram para a parte de trás do albergue. Os três homens agrediram o outro com socos e chutes. Um deles também esfaqueou a vítima nas mãos, rosto e pescoço.

Acreditando que ele já estava morto, jogaram-lhe ribanceira abaixo, ainda na parte de trás do albergue, que fica em um morro na subida que dá acesso ao Samae, no Centro de Brusque.

Porém, um dos moradores do albergue deu falta da vítima, e o avistou caído no chão. Um funcionário do albergue acionou o socorro para resgatá-lo, ainda com vida. Ele foi internado na UTI por vários dias, e acabou sobrevivendo.

Motivação

O juiz Edemar Leopoldo Schlösser, da Vara Criminal de Brusque, faz referência ao fato do crime ter motivação homofóbica.

“Anota-se que o crime foi cometido por motivo fútil, totalmente desprezível, uma vez que a tentativa de morte foi planejada e executada devido ao fato da vítima ser homossexual e estar fazendo propostas aos demais para manterem relações consigo, além de o fato de eles pensarem que ele era “pedófilo” e teria abusado de crianças”, diz.

Na investigação da Polícia Civil, também é mencionado que o principal fato apontado para o crime teriam sido as propostas de relacionamento sexual feitas pela vítima aos outros moradores. Em interrogatório, no entanto, a vítima sempre negou tê-las feito.

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