João Vítor Roberge

joao@omunicipio.com.br

Brusque vai da desconfiança à plena recuperação em três rodadas na Série C

Equipe tem maturidade, sabe atuar dentro de casa e tem soluções para diversas situações

João Vítor Roberge

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Brusque vai da desconfiança à plena recuperação em três rodadas na Série C

Equipe tem maturidade, sabe atuar dentro de casa e tem soluções para diversas situações

João Vítor Roberge

Depois da oscilação que o deixou perto da zona de rebaixamento, o Brusque se recupera e vive um momento excelente na Série C do Campeonato Brasileiro, atendendo (e, em certa medida, até superando) as expectativas da torcida e da imprensa. São três vitórias seguidas, sendo duas delas fora de casa, contra equipes tradicionais, de torcidas apaixonadas. Entre o momento de mais desconfiança e o de mais otimismo, passaram-se apenas quatro semanas.

Até esta grande sequência, o quadricolor não demonstrava futebol para lutar por um acesso. Mas isto mudou, com muito mérito de Luizinho Lopes, sua comissão técnica, e dos jogadores. O Brusque não é mais aquele time inofensivo fora de casa, como já foi em outros momentos de sua história recente, e demonstra clara evolução jogando longe do Augusto Bauer, desde a quarta rodada, no 0 a 0 contra o CSA. Os recortes dos números em casa e fora já são praticamente iguais.

No ataque, o Brusque ainda tem seus desperdícios. Às vezes mais, às vezes menos. Mas é uma equipe mais eficiente, mais assertiva, com seis gols marcados nos últimos três jogos. O segundo gol em João Pessoa foi obtido com pressão pós-perda e persistência de Diego Tavares para recuperar a bola quando o placar já era 1 a 0. Alguns jogadores voltaram a atuar em níveis melhores.

É possível tentar a quarta vitória consecutiva neste sábado, 15, contra o Confiança.

Amadurecendo

O técnico Luizinho Lopes discorda, mas este é um momento no qual seu trabalho no Brusque mostra um amadurecimento e uma consolidação inéditos nestes sete meses de temporada.

A equipe vem de três vitórias na Série C, logo após o momento mais instável do ano. Luizinho Lopes conhece muito bem seu plantel e busca soluções diversas, tanto em escalações quanto em ações no jogo. O Brusque tem ótimos desempenhos fora de casa.

Apesar de ter começado seu trabalho com o título da Recopa Catarinense, e com 13 jogos seguidos sem perder, o Brusque ainda não tinha passado por tantas provações. A equipe vivia um recomeço, não tinha passado por tantas mudanças forçadas ou espontâneas. Pode não ser o ponto mais alto da temporada, mas, o time nunca esteve tão bem desde o Catarinense. E, olhando de fora, é o momento no qual o quadricolor tem mais polivalência e conhecimento de si próprio.

Lenda viva

Tardando, mas não falhando com o registro: no fim de junho, Niebert Willrich, o seu Pipa, completou 90 anos e comemorou ao lado de seus companheiros da Associação Brusquense Esportiva de Atividade da Terceira Idade (Abeati). Agradeço ao técnico Clauter de Barros pelo lembrete.

Seu Pipa nasceu em 27 de junho de 1933. Atuou pelo Bandeirante em modalidades como vôlei e basquete e disputou 32 edições dos Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc). Participou inclusive da primeira, em 1960, nos torneios de vôlei, basquete, salto com vara, salto em altura, salto em distância, arremesso de peso e lançamento de dardo. Também integrou a Seleção Catarinense de vôlei e disputou os Jogos Abertos do Interior de São Paulo.

Abeati Niebert Willrich Pipa
Foto: Abeati/Divulgação

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