João Vítor Roberge

joao@omunicipio.com.br

O Brusque continua sem perspectiva de recuperação e correção de rumos

Quadricolor é inofensivo do meio para a frente e continua se aproximando de seu principal retrocesso desde 2014

João Vítor Roberge

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O Brusque continua sem perspectiva de recuperação e correção de rumos

Quadricolor é inofensivo do meio para a frente e continua se aproximando de seu principal retrocesso desde 2014

João Vítor Roberge

As rodadas passam e o Brusque segue sem reação. Os jogadores correm, tentam, mas esbarram nas próprias limitações técnicas individuais e coletivas, e a pressão só cresce. O time parece congelado, petrificado, enquanto seus concorrentes diretos esboçam melhorias. É possível que parte considerável da torcida pare de acompanhar, apoiar e torcer até o fim do ano, e será surpresa positiva se a média de público nas próximas rodadas ultrapassar os 1,5 mil torcedores.

Um rebaixamento do Brusque seria o segundo grande fracasso da diretoria desde que reassumiu o comando do clube, em 2013. A grande decepção até então já tem mais de oito anos: foi em 2014, com o rebaixamento inesperado e até semelhante no Campeonato Catarinense. Desde a Série B estadual de 2015, o Brusque foi guiado pela diretoria a períodos de estabilidade, numerosas conquistas e crescimento meteórico, superando tudo que havia sido feito nos mandatos anteriores, de 2008 a 2011. Sempre se faz importante destacar estes progressos, que não seriam invalidados com um eventual rebaixamento. Às vezes pode se pensar que criticar é ignorar bons feitos e qualidades, e não é.

Note: tratar o rebaixamento com naturalidade baseado na estrutura precária e na visão de que a Série B possa ser “demais” para o clube é falso. Não estará “tudo bem”. É necessário considerar que 2022 foi uma temporada com expectativas mais elevadas do que em 2021, com um investimento maior e condições materiais muito mais favoráveis para que a permanência fosse obtida de forma tranquila.

Na pré-temporada, a permanência era traçada com um objetivo realista e até modesto, mas se torna quase inviável pelos sucessivos erros do ano. A formação do elenco e as decisões referentes a demissão e contratação de técnicos são questões centrais. Há a óbvia responsabilidade, também, de jogadores e comissão técnica.

O Brusque está chegando ao fim da temporada 2022 sem respostas às primeiras perguntas feitas a Waguinho Dias. Todo mundo questionou: quem assumirá o lugar de Edu? Quem será o cara de 2022? O Brusque perdeu, de um ano para outro, Thiago Alagoano, Edu e Garcez, os três principais artilheiros do clube em competições nacionais.

E como está o Brusque hoje? Com míseros 19 gols em 31 jogos na Série B. Quando sofre um gol, o torcedor já sabe que não vai empatar. O setor ofensivo era um problema apontado desde o início do ano, maquiado pelo importante e merecido título catarinense, mas que jamais foi solucionado.

Que o Brusque tenha uma reação fantástica nas sete rodadas finais e que todos no clube deem respostas a todos os críticos e céticos. Vale o discurso do “vão ter que engolir”, “ninguém acreditava”, “contra tudo e contra todos”, ao terem cumprido o objetivo. É que agora, em 27 de setembro de 2022, ainda está muito difícil acreditar, porque o time não apresenta perspectivas de melhora nos jogos.


– Assista agora:
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