As novidades de Brusque 3×2 Volta Redonda e os gols sofridos pelo quadricolor
Luizinho Lopes foi muito claro e se fez entender sobre suas decisões; dobra no lado direito não teve bom resultado
Nesta terceira rodada, Luizinho Lopes explicou suas decisões e estratégias contra o Volta Redonda de forma extremamente clara e didática. A honestidade do treinador sobre suas visões é muito clara e, por mais que se possa discordar, é quase impossível não compreendê-las. Ele assume os riscos que julga necessários, admite quando as coisas fogem do seu controle, tenta novas soluções e já demonstrou capacidade de autocrítica.
Mais uma vez, o treinador muda para frente enquanto está ganhando. Foi assim com um jogador a menos contra o Amazonas, foi assim quando vencia por 3 a 0 no domingo, 14. É uma opção justa, considerando que recuar e adicionar jogadores defensores antes dos 20 do segundo tempo poderia chamar ainda mais o Volta Redonda ao ataque. Mas acabou que o Brusque não ampliou a vantagem e sofreu na defesa em uma dose considerável para irritar o torcedor.
Por mais que Cléo Silva já tenha atuado como lateral em outras oportunidades na carreira, pode ser mais fácil utilizar este tipo de ideia na lateral esquerda, onde há opções de ofício.
Danilo Belão não tem toda a regularidade que o torcedor gostaria de ver, mas Cléo Silva parece tornar a defesa mais vulnerável naquele canto. E o titular, Toty, segue no departamento médico. Olhando à distância, pode ser melhor fazer esta dobra ofensiva na esquerda, com Ângelo ou Airton, que devem atuar com mais naturalidade e equilíbrio do que um ponta rápido e extremamente ofensivo na lateral direita. Os motivos de Luizinho Lopes para sua decisão são claros, não comprometeram a vitória, mas talvez seja possível tentar diferente em outra ocasião.
Muito interessante a nova forma de jogar, trabalhada pela equipe ao longo da semana. Estivemos acostumados em ver Rodolfo Potiguar recuando entre os zagueiros para ser responsável pela criação na chamada “saída de três”, buscando os lados. Desta vez, a forma de construção foi diferente, com o volante na segunda linha, enquanto Belão “se juntava” à dupla de zaga. O time conseguiu se articular mais pelo meio, em uma variação que poderá ser usada daqui para frente.
O torcedor pode não estar totalmente satisfeito com este início do Brusque na Série C, com as vitórias sofridas em diferentes contextos e uma atuação fora de casa que foi abaixo de qualquer padrão e que trouxe preocupações. Há, sim, a evoluir em diversos pontos. Ainda assim, o quadricolor tem seis pontos, integra o G-8 neste comecinho e demonstra algumas características e mudanças interessantes. Vejamos o decorrer das próximas rodadas.
Gols sofridos
Os gols do Volta Redonda foram marcados em um intervalo curto. Houve falhas de marcação no escanteio do primeiro, assim que Douglas Skilo faz o desvio na primeira trave.
No segundo gol, os visitantes tinham mais jogadores pelo lado. Henrique Silva recebe a bola sob a marcação de Guilherme Queiróz. Marquinhos faz a infiltração pela linha de fundo. Júlio César a faz pela quina da área, com Lucas Poletto tentando a cobertura. Cléo Silva se perde no lance e não acompanha Marquinhos, que segue mais livre e recebe a bola. Queiróz confronta o camisa 18 do Voltaço, mas é driblado com facilidade. O passe na área tem Ítalo Carvalho desviando a bola rápida no susto e ela fica com Douglas Skilo, completamente livre, para fuzilar.