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Jerson Testoni celebra vitória contra o Avaí e rebate críticas

Técnico fala sobre o terceiro triunfo brusquense no estadual

O técnico do Brusque, Jerson Testoni, respondeu a perguntas da imprensa após a vitória de sua equipe por 2 0 sobre o Avaí, na tarde deste domingo, 21.

O jogo

“A gente teria que continuar com a mesma disposição e a mesma determinação, corrigindo erros pontuais em algumas movimentações do Avaí, principalmente com as infiltrações do Wesley pelo lado direito deles. E a nossa iniciação. O adversário marcava muito alto também, a gente tinha dificuldade em sair com a bola de trás, então optamos por fazer um pouco mais bola longa, bola de segurança se estivesse mais apertado.”

“O futebol não tem mágica, quando o adversário consegue te marcar muito alto, não se pode arriscar toda hora também. E aí acho que começamos a fazer isso, o Pirambu começou a ganhar mais a primeira bola. Nós começamos a ter mais vantagem. Acho que o segundo tempo foi mais sólido, mais consistente. Acho que a equipe esteve mais organizada, foi superior, fizemos 2 a 0 e graças a Deus conseguimos o resultado positivo.”

Fator psicológico

Jerson Testoni admitiu que o elenco havia sentido a derrota para o Retrô (PE) na Copa do Brasil e afirmou que foi necessário trabalhar o lado psicológico dos atletas, trazendo mais confiança para dentro do grupo.

“A gente fez um trabalho passando confiança para estes atletas, convicção no trabalho que vinha sendo realizado. Não poderíamos baixar a cabeça. E sabíamos que a vitória nos credenciaria ao topo da tabela. Trabalhamos bem essa parte. E acho que fizemos um grande jogo. Claro que um tempo um pouco mais abaixo, o segundo um pouco melhor. No todo, foi bem consistente, bem sólido, um resultado muito importante para a sequência da competição.”

Respostas a críticas

Perguntado se havia pensado em realizar mudanças para a partida deste domingo, 21, o técnico Jerson Testoni passou a responder a críticas que apontavam uma falta de variações de jogo na equipe.

“Quando o Brusque não ganha, muitas pessoas falam ‘ah, o Brusque é sempre o mesmo’, ‘o Jersinho não muda a equipe, não muda a formação’. E acho que se tiver uma leitura muito técnica e tática do que a gente vem fazendo nesse um ano e pouco de trabalho, a gente já fez muitas variações. Se for lembrar, a gente fez um acesso num quadrangular final sem atacante de referência. A gente conseguiu ajeitar dentro do grupo o material humano que a gente tinha. Numa formação que, de início, em três jogos tinha feito um gol, mas que depois, em três jogos, fez oito gols. Então isto é uma variação de sistema, uma variação de posição.”

“Muitas vezes joguei com três volantes, muitas vezes joguei com dois atacantes de referência, como foi agora como o Retrô. Então toda hora questionando ‘ah, não muda, não muda’, eu acho que a gente já mudou bastante a nossa forma de jogar. Claro que a gente tem um modelo, mas é muito relativo. O importante é a característica, às vezes a gente joga com amplitude, às vezes a gente joga com flutuação, às vezes a gente joga com referência, sem referência, e isso é variação de sistema, de organização de jogo. E toda vida, quando a gente perde, a gente escuta ‘ah, falta mudar, falta mudar, é sempre a mesma coisa’.”

“E realmente, se a gente ter uma leitura tática, a gente já mudou muito esta equipe, dentro do material humano em mãos. Hoje não foi diferente, eu acho que a gente trabalhou muito em cima do que tinha e que foi bem aproveitado. Os atletas que entraram também desempenharam muito bem, conseguimos dar o gás de que necessitávamos e o grupo todo está de parabéns por esta excelência e grande vitória.”

Quando a pergunta foi sobre se estava pensando em novos reforços, o técnico respondeu a críticas de que ele teria colocado jogadores sem ritmo de jogo como titulares. O exemplo principal era Ianson, que fez sua estreia na temporada de 2021 contra o Retrô e acabou cometendo o erro que originou o gol da classificação. Jerson Testoni nega que Ianson ou Zé Mateus estivessem sem ritmo de jogo.

“Primeiramente eu penso no que tenho em mãos. O [Maurício] Garcez está em transição, o Edílson está em transição. Até é outra coisa que eu fui muito questionado. O problema do Brusque é o dia a dia. Setoristas. Muitos colocaram que eu coloquei atletas sem ritmo de jogo. O Ianson e o Zé Mateus, que jogaram na quarta-feira, treinaram 15 dias pro jogo. Quase uma pré-temporada. Então a gente não é louco de botar um jogador que não esteja com ritmo. Então a gente trabalhou bem, tem um processo de transição antes disso.”


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