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Jean Pirola e Marlina discutem durante sessão da Câmara de Brusque marcada por manifestações sobre cassação de Ari Vequi

Presidente da casa, Deivis da Silva precisou intervir para dar andamento aos trabalhos

A primeira sessão da Câmara de Vereadores de Brusque após a cassação do prefeito Ari Vequi (MDB) e do vice Gilmar Doerner (Republicanos), realizada nesta terça-feira, 9, teve, como esperado, discursos acalorados.

Presidente que assumiu a vaga de André Vechi (DC), agora prefeito interino, Deivis da Silva (MDB) se solidarizou com Ari e Gilmar e lamentou a cassação.

A maioria dos vereadores falaram em injustiça. André Batisti, o Deco (PL), destacou que sempre foi crítico da administração, mas que não concorda com a decisão. “Quando vem uma decisão de um tribunal contra todas as tomadas anteriores, ficamos perplexos. eu sempre fui um crítico ao Ari, mas precisamos ser justos”.

Ex-líder do governo na Câmara e correligionário de Ari, Nik Imhof (MDB) classificou a cassação como uma atrocidade. “As doações foram declaradas, não houve abuso de poder econômico. Precisamos ficar atentos para defendermos nossa liberdade. Até os direitos políticos do Hang, que nunca foi candidato, foram cassados”.

Já Cassiano Tavares, o Cacá (Podemos), também elogiou a postura e a capacidade de André Vechi. “Qualquer cassação é ruim, esta foi política como foi a do Paulo Eccel. Lamento a saída do Ari, mas pelo menos temos o André como substituto, Brusque está em boas mãos”.

Para Jean Pirola (PP), a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi política e interrompe um bom trabalho.

“É uma pena, uma injustiça, uma condenação política, que interrompe uma boa gestão, feita por aqueles que não querem o bem da cidade, em um bom momento em que a cidade estava passando. Ele sai de mãos limpas, foi cassado para atingir terceiros, não como em caso anterior, quando foi usado dinheiro público”, disse.

“Já disse que a cassação do ex-prefeito Paulo Eccel e o impeachment da ex-presidente Dilma também foram injustos, foram decisões políticas. Interrompe um trabalho e uma decisão democrática do povo. Essas pessoas que decidiram a cassação não conhecem Brusque. Atualmente, a constituição do Brasil não serve mais para muita coisa”, completou.

Após a fala de Pirola, ele e Marlina Oliveira (PT) discutiram. A vereadora pediu um aparte durante as declarações do progressista quando ele citou acusações atribuídas ao presidente Lula (PT), que não foi atendido.

O presidente Deivis precisou intervir para acalmar os ânimos. Ele, inclusive, cassou a palavra de ambos.

Marlina defende que a cassação de Ari e Gilmar não foi injusta. O partido da vereadora é quem moveu a ação contra a chapa. “O empresário (Luciano Hang) utilizou a empresa para influenciar os votos das pessoas. Nada o impede de apoiar um candidato, como cidadão, ele tem um direito. O que ele fez foi usar o poder econômico a serviço do prefeito Ari Vequi. Foi distorcida a vontade da população”.


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