Iphan avalia pedido para transformar Villa Renaux em patrimônio histórico nacional
Processo teve início em 2020 e está em tramitação
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) aceitou analisar o pedido para o processo de tombamento da Villa Renaux, casa construída em Brusque na década de 1930 e que foi a última residência do cônsul Carlos Renaux.
O pedido foi feito em 2020, pouco antes do início da pandemia de Covid-19 no Brasil, com a entrega de toda a documentação contendo levantamento arquitetônico e histórico do imóvel.
“O Iphan aceitou o processo, o que significa que considera a casa de relevância nacional, mas solicitou complementações aos documentos enviados para dar seguimento ao processo de tombamento”, explica a arquiteta Rosália Wall, que auxilia a família Renaux neste processo.
De acordo com ela, o Iphan solicitou mais detalhes sobre a influência política de Carlos Renaux e também sobre os bens móveis e obras de arte que constam na casa. “O livro publicado pela professora Rosemari Glatz [Política, Poder e Fortuna – Nuances da vida do Cônsul Carlos Renaux] tem nos ajudado muito, porque aborda essa questão do cônsul político”.
As complementações solicitadas pelo Iphan ainda estão sendo feitas pela arquiteta. Só depois de analisar todos os documentos é que o órgão dará um posicionamento sobre a preservação da casa como patrimônio histórico nacional.
“Fazendo uma análise histórica, é possível perceber que o cônsul teve atuação a nível nacional, gerando capital para várias regiões do Brasil e também mão de obra qualificada, por isso, faz sentido o tombamento a nível federal, e estamos atuando neste sentido”.
Tombamento estadual
Em 2017, Vitor Renaux Hering, trineto do cônsul, entrou com pedido de tombamento estadual do imóvel, que foi aprovado por unanimidade pelo Conselho Estadual de Cultura.
Rosália explica que a decisão do conselho, aprovando o pedido de tombamento, foi encaminhada ao governador, mas até o momento não foi homologada pelo governo do estado.
“Estamos, então, na espera da homologação do tombamento pelo governo estadual e com o processo em trâmite no Iphan. Dentro do contexto brasileiro, a casa tem um valor singular, tanto é que o Iphan aceitou estudar o tombamento”.
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