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Intervenção cultural de alunos na passarela de Brusque chama atenção das pessoas

Intenção do projeto é causar impacto aos que passarem pelo local

A Escola de Ensino Médio Yvonne Olinger Appel desenvolveu um projeto que trabalha a diversidade cultural por meio de uma exposição que está sendo realizada na passarela ao lado do Terminal Urbano. Intitulado como Projeto Passarela, a intervenção cultural retrata as diversas raças, etnias e gêneros da população.

Segundo a professora, quando as pessoas passam pelo local, elas podem se reconhecer seja pela cultura, culinária ou música, além da questão racial e de gênero.

Os trabalhos, feitos pelos alunos, começaram a ser expostos na quinta-feira, 27, e seguem no local até o domingo, 7. Para realizar a ação, a direção da escola pediu autorização da Secretaria de Educação. Dos cerca de 300 alunos do educandário, aproximadamente 250 estão participando da ação. O projeto é multidisciplinar e os alunos formaram grupos para produzir um trabalho que está fixado temporariamente na passarela.

Segundo a professora da Sociologia, Juliana Inez da Silva Dias, a ideia de realizar a ação surgiu após o Dia Mundial da Limpeza, em setembro. Ao debater sobre a questão do rio enquanto caminhavam pela passarela, os professores do educandário tiveram a ideia de fazer algo no local.

Trabalhos foram realizados pelos alunos da Escola de Ensino Médio Yvonne Olinger Appel | Foto: Arquivo pessoal

Quando apresentou a proposta aos demais professores, eles precisaram pensar em como fazer a ação. “A passarela é um lugar por onde passam as pessoas que vêm de diferentes lugares do Brasil. Os trabalhadores passam ali, tem toda conexão com a cidade e o rio, que integram o contexto da cidade”, explica.

Enquanto pensavam na temática da intervenção cultural, surgiu a ideia de abordar a diversidade cultural. “Temos em Brusque uma grande população que vem de fora, inclusive muitos alunos da escola são de outros estados do país. Existem relatos das famílias deles sobre essa experiência de sair da sua terra para vir em busca de emprego na cidade”, pontua.

Segundo a professora que veio do Macapá (AM), além dos alunos, muitos professores também são de outras cidades e estados do Brasil. Com isso, os professores decidiram trabalhar em cima da temática.

A professora diz que os alunos puderam manifestar os sentimentos e expressar a sua cultura de forma artística.

No primeiro dia da intervenção, os alunos puderam entrevistar as pessoas que passavam pelo local. A professora diz que foram gravados vídeos das entrevistas que agora serão editados. Eles planejam montar um documentário com esse material.

Importância da mulher e feminismo também foram trabalhados | Foto: Arquivo pessoal

A princípio a ação será realizada apenas na passarela. No final da intervenção, os professores farão uma avaliação da reação das pessoas com os trabalhos. Além disso, todo o material exposto será retirado, pois o grupo não tem intenção de poluir o local ou o rio.

Na avaliação da professora, o projeto foi satisfatório. Além disso, a escola descobriu muitos alunos com talentos, especialmente artísticas. “A coletividade e o trabalho em equipe, tudo que a gente busca na educação a gente viu refletido no trabalho”, finaliza.