João José Leal

Promotor de Justiça, professor aposentado e membro da Academia Catarinense de Letras - joaojoseleal@omunicipio.com.br

Internet e democratização do acesso ao conhecimento

João José Leal

Promotor de Justiça, professor aposentado e membro da Academia Catarinense de Letras - joaojoseleal@omunicipio.com.br

Internet e democratização do acesso ao conhecimento

João José Leal

A história mostra que, quanto mais fácil e disponível for o acesso à educação, que significa maior grau de consciência da realidade econômica e política, mais livre e independente se torna o indivíduo-cidadão. Daí, a enorme importância dessa rede livre e infinita de comunicação entre as pessoas, sem censura e sem fronteira nacional, que chamamos internet e que constitui um extraordinário instrumento de acesso ao conhecimento, à cultura e ao saber. E quem domina o saber, dificilmente, aceita ser dominado.

Na tela virtual do computador e do telefone móvel, esse esperto aparelho que nos acompanha dia e noite, o cidadão do século 21 pode tomar conhecimento do que se passa em sua comunidade, em seu país e no mundo. Mais importante, ainda. Pode o cidadão ter acesso à informação e ao saber, qualificando-se para participar da vida econômica e política da sociedade em que vive. Nesse ponto, pode-se dizer que a tela de um microcomputador é um fantástico caleidoscópio a nos revelar os segredos, os mistérios de todas as coisas do universo.

Temos uma curiosidade, queremos saber alguma coisa? Num instante, a internet nos conecta com livros, jornais, revistas especializadas, bibliotecas, laboratórios e com as dos estudiosos e pesquisadores mais conceituados. Diante dessa nova realidade, mesmo os estudiosos mais críticos da internet concordam que houve um extraordinário avanço no campo das redes de comunicação. Admitem que este século está conhecendo uma verdadeira revolução cibernética, mas restrita ao campo tecnológico e não ao social. Para esses críticos, a internet é apenas um produto da globalização e um poderoso instrumento a serviço do poder dominante.

Ideologia à parte, vejo a internet como um importante instrumento de democratização, de livre acesso ao conhecimento, de conscientização política e de cidadania, sem restrição de classe social. Basta lembrar das multidões que, neste começo de século, estão conectadas a esta rede de comunicação universal, buscando a informação, para saber o que se passa com os amigos, com as coisas da sua comunidade, do seu país e de todo o mundo.
É verdade que rola muita coisa ruim nas redes sociais. Desde pornografia, mensagens e recadinhos de mau gosto, informações equivocadas e até falsas denúncias, infâmias e postagens caluniosas. Mas, parece-me ser esse o preço a ser pago para a existência de uma rede de comunicação de acesso fácil, massificado e livre de censura.

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