Guabirubense conhece no Paraná menina que salvou ao doar sua medula óssea

Encontro de Gabrielly da Silva Andrade com Nelson Dalbosco aconteceu neste mês

Guabirubense conhece no Paraná menina que salvou ao doar sua medula óssea

Encontro de Gabrielly da Silva Andrade com Nelson Dalbosco aconteceu neste mês

Os caminhos de Gabrielly Aparecida da Silva Andrade, 11 anos, e de Nelson Dalbosco, 40, estarão para sempre entrelaçados. Ele, supervisor de produção, morador do bairro São Pedro, em Guabiruba, foi o doador de medula óssea que salvou a vida da pequena menina. O encontro dos dois aconteceu no dia 8 deste mês no Complexo Hospital de Clínicas (CHC), em Curitiba, e foi repleto de emoção.

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“É um momento único, intenso, emoção impossível de comparar”, diz Dalbosco, que completa: “Escutar ao pé do ouvido – obrigado por ter salvo a minha vida – não tem explicação. Não se pode medir o que aconteceu na vida dela e na minha também”, diz o guabirubense.

Por causa de uma criança de Brusque que em 2008 precisava de doação de medula óssea, Dalbosco resolveu entrar na fila do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), do Instituto Nacional do Câncer (Inca). “Desde 2004 sou doador de sangue. Mas com a movimentação em prol do menino de Brusque decidi que queria poder ajudar alguém de uma maneira mais direta e intensa”, conta.

E foi em 2014 que a generosidade de Dalbosco foi muito bem-vinda à vida de Gabrielly. A menina, que mora em Xambrê (PR), cidade que fica na divisa com Mato Grosso do Sul e o Paraguai, foi diagnosticada em 2013 com Leucemia Linfoblástica Aguda, um tipo de câncer nos glóbulos brancos do sangue que pode se estender por todo o corpo.

Probabilidade mínima

Gabrielly necessitava urgentemente de um transplante e não tinha nenhum membro da família compatível. Para encontrar um doador, a probabilidade também é mínima, segundo o médico hematologista do CHC, Samir Kanaan Nabhan: “A probabilidade de achar um doador fora da família é de 1 para 100 mil casos”.

Mas algo especial estava destinado para Gabrielly, e no começo de 2014 Dalbosco foi comunicado que era compatível com a menina e que a doação aconteceria ainda naquele mês. “Eu estava muito inseguro, pois não se tem conhecimento sobre como é feita a doação de medula. Mas deu tudo certo e foi um momento especial”, lembra.

O procedimento da doação durou cerca de uma hora e meia e Dalbosco sentiu pouca dor. Todas os exames, viagens e hospedagens foram pagos pelo SUS. “Se precisasse faria tudo de novo, pela Gabrielly ou por qualquer outra pessoa”, afirma.

Dalbosco, que é pai de dois filhos, conta que vem mantendo contato com a menina por telefone e que pretende manter esse laço.
“Combinamos de nos ver novamente no fim do ano”.

Vanilda da Silva Andrade, mãe da Gabrielly, diz que a família tinha muita vontade de conhecer Dalbosco e que somente Deus pagará o que ele fez pela sua filha. “Não é qualquer pessoa que faz isso, realizar exames, ir para o hospital, só alguém muito generoso”.

O encontro da Gabrielly com o doador de medula óssea emocionou familiares e profissionais do hospital / Foto: Lorival Veloso/Unicom
O encontro da Gabrielly com o doador de medula óssea emocionou familiares e profissionais do hospital / Foto: Lorival Veloso/Unicom

“Anjo da minha filha”

Vanilda afirma que desde que Gabrielly ficou doente a família pedia que Deus colocasse um anjo no seu caminho. Ela conta, emocionada, que Deus colocou: “Ele é um anjo que salvou a vida da nossa filha. O que a gente não pôde fazer como pai, mãe, irmão, ele fez. Apareceu e mudou as nossas vidas”, diz.

Hoje, Gabrielly está curada e se recupera bem. Periodicamente ela realiza exames no CHC. A menina também voltou a estudar e tem uma rotina normal.
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