Governo de Santa Catarina esclarece estudos realizados para privatização de rodovias
Projeto, que é de responsabilidade do governo federal, contempla rodovia Antônio Heil
Projeto, que é de responsabilidade do governo federal, contempla rodovia Antônio Heil
Após a repercussão sobre os estudos para concessões de rodovias estaduais e a possibilidade de privatização e instalação de pedágios, o secretário executivo do Órgão Gestor de Parcerias Público-Privadas do governo do estado, Ramiro Zinder, explicou a situação. A rodovia Antônio Heil está no pacote de estudo.
Segundo ele, a reunião do Conselho do Programa de Parcerias e Investimentos do governo federal que autorizou os estudos para o projeto de concessão das rodovias federais ocorreu no dia 25 de agosto. O secretário afirma que o encontro contou com a participação do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Ramiro declara que foram autorizados estudos para projetos de concessões das rodovias federais e que incluíram 24 trechos de rodovias catarinenses. ele aponta que os estudos começaram a ser conduzidos pela Empresa de Planejamento e Logística (EPL) com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
“Somente com o término desses estudos, lá no segundo semestre de 2022 é que nós saberemos quais trechos catarinenses vão entrar nessa rota de concessão, se entrarão na rota de concessão”, afirma.
O secretário aponta que a exemplo do que já ocorreu em outras vezes em estudos anteriores, foi detectado que não havia viabilidade para concessão e, consequentemente, o projeto não seguiu adiante. “Desses 24 trechos talvez nenhum se viabilize, talvez 10 se viabilizem. Somente no segundo semestre de 2022 nós teremos essa certeza com os estudos finalizados, de quais trechos catarinenses serão incluídos nesse projeto”.
Ramiro ainda explica que a partir disso, ainda será necessário cumprir uma série de etapas, e que precisam do aval dos catarinenses, como o processo de consulta pública, o processo de audiência pública, e encaminhamento aos órgãos de controle.
“Temos uma série de ritos de transparência que são seguidos em todo projeto de concessão e não é diferente no processo de concessão de rodovias. Não há motivos para qualquer tipo de alarde em relação a instalação de pedágios, pois esse é um projeto que está iniciando e está em fase de estudos. Não há nenhuma garantia de que trechos catarinenses serão pedagiados, só saberemos em 2022“, pacífica o secretário.
Ele ainda aponta que o governo federal, que é o responsável pelo projeto, verificará a viabilidade jurídica, ambiental e econômica financeira.
Um documento de estudos para a concessão de 3,1 mil quilômetros de rodovias federais e estaduais, que inclui a rodovia Antônio Heil (SC-486) no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), foi assinado pelo ministro Paulo Guedes, e pela Secretária Especial do PPI, Martha Seillier, e publicado em 10 de setembro
De acordo com o documento, sete rodovias federais são incluídas no estudo: BR 153, 158, 163, 280, 282, 470 e 480, totalizando 1.657 km de extensão.
Também será estudada a concessão de 25 rodovias estaduais, totalizando 1.506 km. São elas: 108, 110, 114, 120, 135, 155, 157, 163, 280, 283, 350, 355, 370, 386, 410, 412, 416, 417, 418, 421, 445, 452, 453, 480 e 486 – Brusque a Itajaí.
Após a divulgação do documento, entidades de Brusque e região, além do prefeito Ari Vequi, se manifestaram contra a possibilidade de instalação de pedágios na rodovia Antônio Heil.
Na época, o prefeito comentou que a SC-401, localizada entre o norte e o sul da Ilha de Florianópolis, é urbanizada e a rodovia mais movimentada do estado, e não está na lista.
“Então seria injusto para Brusque, já que a rodovia Antônio Heil é quase toda urbanizada. Apenas um trecho de Itajaí, que inclusive é cobrado pelos moradores do Limoeiro, ainda não é considerado”.
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