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Homem acusado de golpes em Guabiruba é investigado em três inquéritos

Betinho, como é conhecido, simula a venda de automóvel, solicita valor e não interrompe contato com a vítima

Um homem que tem sido seguidamente acusado de golpes em Guabiruba, conhecido como Betinho – nome que usava nas redes sociais, continua fazendo novas vítimas na região. Conforme o delegado de polícia da comarca de Brusque, Leandro  Sales, estão em andamento três procedimentos investigativos da Polícia Civil contra ele.

Desde 2016 Betinho vem cometendo pequenos estelionatos relacionados à venda de veículos por meio do Facebook. No ano passado foram cinco vítimas de toda a região.

Conforme as vítimas relatam, o golpista usa um procedimento padrão: simula a venda de um automóvel pertencente a uma garagem, solicita um valor inicial para vistoria e contrato em cartório e após o depósito interrompe o contato com a vítima.

O delegado explica que foi realizada a solicitação de medidas cautelares ao Judiciário, como a prisão do acusado. No entanto, elas não foram aceitas.

Sales acredita que isso aconteceu pelo valor ou pela maneira como o crime é praticado. “É um crime de valor menor. Há uma certa dificuldade para o juiz decretar medidas cautelares”, diz o delegado, que afirma que chegou-se à conclusão de que Betinho é golpista pela forma idêntica como a ação é realizada.

Segundo o delegado, o acusado reconhece os fatos, mas nega que seja um estelionatário. Sales afirma que Betinho informa ter recebido os valores, mas por algum motivo não conseguiu entregar o veículo, porém, garante ter feito a restituição do valor.

A esposa dele, uma mulher de 28 anos, também é suspeita de envolvimento no golpe, sendo que na sua conta é que os valores são depositados.

Crimes no Facebook
O delegado recomenda que qualquer cidadão que fizer compras por meio de rede social não realize depósitos antecipados, independente se for empréstimos bancários ou vendas de veículos.

Ele reitera que a solicitação de dinheiro antecipadamente, como forma de garantia, nestes casos, não é usual no mercado.

Sales observa ainda que muitos dos crimes físicos, como o golpe do bilhete premiado, por exemplo, estão migrando para as plataformas virtuais. “Vejo que não houve um aumento destes golpes, mas que migraram da parte física para a modalidade virtual”.

A pena para estelionato varia de um a cinco anos.