Os principais nomes das artes marciais de Brusque se reuniram neste sábado, 12, para realização de um festival de luta, o Bom Combate. A ação atraiu centenas de pessoas na Arena Brusque. Entre eles, cerca de 200 atletas e mestres. Eles representaram nove modalidades esportivas.
Durante o evento, foram ressaltadas as características de cada estilo por meio de apresentações, oficinas e lutas promovidas por algumas modalidades. A ação visa fortalecer o desenvolvimento das artes marciais na cidade e também mostrar ao público uma visão mais ampla de cada estilo de luta.
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Segundo o professor de karatê, Moacir Marques, uma forma de oferecer uma atividade produtiva para a sociedade. Ele lembra que ainda hoje a luta é vista com receio em razão da valorização de um estereótipo de agressividade. “A importância é mostrar para o público que as artes marciais possuem uma essência por trás dos socos e chutes”.
Franco da Luz, uma das referências do muay thai brusquense, comenta que o intuito de realizar o festival é o de ressaltar a força das artes marciais na cidade, que conta com muitos atletas de destaque em várias modalidades.
“Na verdade, o próprio povo de Brusque não está conhecendo ainda o valor da luta, a força que a luta de Brusque tem. Hoje somos a prova disso, com jiu-jitsu, muay thai, boxe. O Brasil é muito forte com a luta e Brusque está excelente nesse sentido”, diz.
O evento também trouxe a Brusque atletas de outras cidades, como Arthur Roberto Bergmann, que veio de Florianópolis. Ele prática o Pa-Kua há dez anos. A modalidade de origem chinesa envolve desde técnicas das artes marciais a práticas terapêuticas, como ioga e Tai chi. “O Pa-kua não tem caráter competitivo. A gente foca na autodefesa e melhora pessoal. Você vem para escola para ser uma pessoa melhor, se sentir seguro e crescer na vida”, afirma.
Ele está no quarto grau da arte marcial, que possui oito faixas até o atleta chegar na preta. “Depois são oito graus de preto. De branco até a última faixa-preta são 35 anos. É um trabalho complexo, longo, para uma vida inteira”, ressalta.
Para Elisa Regina Debatin, que foi à Arena prestigiar o festival, o evento foi a oportunidade de aprofundar o conhecimento sobre algumas modalidades. Ela, que é admiradora do karatê e da capoeira, compareceu com uma das filhas, interessada em ingressar no kung fu. “O objetivo era conhecer o evento e as modalidades. Ela tem ligação pelo kung fu, eu pelo karatê e capoeira que acho muito bonito, mas gosto das artes marciais de forma geral e foi muito interessante participar”, comenta.