Família – investimento perpétuo
Vivemos um modelo de economia extremamente volátil, nada mais é perene em termos de emprego; mudanças ditadas pela moda que nela se apoiam a cada novo produto ou serviço terá duração efêmera. Para manter o sistema capitalista os produtos têm cada vez menos vida útil. O turnover do emprego não dura mais que um ano.
Na visão antropológica, a família é o núcleo fundamental da sociedade na estrutura tradicional pai-mãe-filhos, querendo ou não, algumas feministas pretendem mudar esta concepção.
Qualquer política de desenvolvimento econômico da sociedade só terá sucesso se for centrado na segurança de suas famílias, que deem garantia de emprego para os jovens. Fora isto, será o fracasso, caos social.
A instabilidade do atual modelo obriga os dois trabalharem fora para garantir o sustento da família. Neste quadro de volatilidade dos empregos é necessário já na educação básica ensinar os jovens a terem cuidado em suas futuras famílias; em termos de ganhos para sobrevivência, mesmo com certas garantias sociais (auxílio doença, maternidade, auxílio desemprego etc.), pelo Estado que ameniza o problema do desemprego. Mas, quando o Estado se arvora no direito de criar legislações na intimidade da família em seus valores culturais, desmorona a teia social, abre palco para violência social.
A sociabilidade exercida na família como comunidade de pessoas, acrescenta valores e sustentação para a sociedade. A distribuição do trabalho por sua vez é outra saída quando um dos dois tem potencial de maior rendimento pela especialização profissional. Há casos de a mulher ser beneficiada com um bom emprego, onde o homem pode se dedicar a cuidar dos filhos.
As meninas hoje são condicionadas muito mais a terem um emprego, do que sua função materna. Isto pode gerar uma disputa de quem ganha mais. Ou uma imagem do espírito individualista de cada lado. “O que eu ganho é só para mim”. Assim, o que ela ganha é destinado na maioria das vezes a seus luxos e vaidades. Casamento nestas premissas estará condicionado ao fracasso.
Há necessidade de se impor outro valor na gama dos bens culturais da humanidade, a família deve ser consagrada como “patrimônio da humanidade”.
A intolerância pela individuação dos membros, sobreposição, diferenças culturais, sociais e religiosas são alguns dos ingredientes para dificultar e garantir a perenidade da família dos tempos atuais. É no santuário da família que se forma a coluna vertebral da honestidade, da justiça, da solidariedade, da transparência, da retidão, das boas ações; constroem-se valores humanos, éticos e religiosos. A família que nasce na íntima comunhão de vida e de amor, fundada sobre o matrimônio sagrado entre um homem e uma mulher, se transforma no primeiro passo de todas as relações sociais. Investir na instituição familiar é contribuir para redesenhar uma nova humanidade mais fraterna e solidária.