Sérgio Sebold

Economista e professor independente - sergiosebold@omunicipio.com.br

Europa se volta à direita (2)

Sérgio Sebold

Economista e professor independente - sergiosebold@omunicipio.com.br

Europa se volta à direita (2)

Sérgio Sebold

Os ciclos econômicos, bem conhecido dos economistas, são períodos de bonança e outro seguinte de recessão. Do período pós-guerra, até 2008, o mundo todo (talvez pela globalização), teve um vigoroso progresso material, científico e tecnológico, que foi distribuído à sociedade ao longo do período.

Estamos diante de um grande impasse. Por princípio a distribuição “generosa” de vantagens, não pode ser tirada da população. Por exemplo, o lado previdenciário permitiu generosidades sem precedentes na história, onde por sofismas levantados pelos sindicatos sem escrúpulos, exigiu cada vez mais vantagens aos operários. Reduziu-se o tempo para as aposentadorias; muitas doenças foram fabricadas para maior “segurança”; redução da carga horária semanal; gratuidade de transportes, e por ai se vai.

Mas o mundo entrou em recessão. E agora? Não se pode se tirar vantagens conquistadas; velhinhos estão esticando suas vidas onerando mais custos previdenciários; famílias que supriam o mercado de trabalho com proles generosas, para garantir a renda de seus pais, desapareceram; quando muito um filhinho, que não repõe a própria geração. Num quadro recessivo, não há clima de confiança dos empresários para investimento; não havendo, não há emprego, sem emprego não há renda… E agora?. Nenhum empresário vai investir, com população em declínio, lhes faltam consumidores. Este é o paradoxo atual, reduz-se a população para haver maior abundância, mas sem consumidores as fábricas fecham.

A abertura das porteiras da Europa, para entrada de muçulmanos e africanos famintos a ocuparem postos de trabalho está gerando um enorme confronto cultural e religioso. A diferença técnica, cultural e religiosa é de tal dimensão que haverá cada vez mais confrontos nas ruas de Londres, Paris, Berlim…

As recentes eleições na Holanda, mantiveram a postura pró-direita, sem serem anti-europa. A proposta do candidato holandês Geert Wilders, embora em pesquisa liderasse, não alcançou com seu discurso ultradireitista e xenófobo (muçulmanos particularmente) o entusiasmo de seus conterrâneos. É de se conjeturar, que a população sentisse o risco da reação muçulmana, hoje somada em um milhão de pessoas. Pelo medo do terror, o atual Primeiro Ministro, vive dentro de uma “bolha” de segurança para se mover dentro de seu minúsculo país.

Diante deste quadro, diversos países estão se manifestando contra ideologias, resquícios do marxismo cultural que em minoria dominaram o poder; a grande massa está buscando romper, como a Ucrânia, Romênia, Polônia, Finlândia (não ao casamento homoafetivo), França, Inglaterra, Noruega, Alemanha. Cada um com uma bandeira de descontentamento, desde fatores econômicos, ideológicos, morais, e sociais. No fundo estes países estão em revolta contra a anarquia relativista proposta pelos protocomunistas do passado.

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