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Entidades se reúnem para evitar fechamento do Laboratório Têxtil do Senai em Brusque

Reunião irá acontecer nesta quarta-feira, no auditório do Senai

Com mais de 50 anos de existência, o Laboratório de Ensaios Físico e Químico Têxteis (Lafite) do Senai de Brusque pode ter suas portas fechadas. Por isso, entidades empresariais  lutam pela sua permanência. Uma reunião para discutir o tema será realizada nesta quarta-feira, 23, no auditório do Senai de Brusque.

Com o objetivo de cortar gastos e centralizar as atividades, a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) estão estudando a possibilidade de fechar o Lafite. A intenção é unificar o laboratório de Brusque com a Fábrica Blumenauense de Estudos Têxteis (FBET).

Esse estudo chamou a atenção de autoridades brusquenses. O secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Ademir José Jorge, e o vereador Jean Pirola (PP) têm se movimentado para que o laboratório não seja fechado.

Segundo o secretário, as indústrias têxteis e de tinturarias do município ultrapassam as de São Paulo. “Brusque tinge e tece para o Brasil todo”, disse Jorge. Ele mencionou que, caso necessário, empresários se comprometem em investir no local já que o setor está aquecido.

Jorge também esteve em contato com a presidência e direção do Fiesc e Senai para uma negociação. Inicialmente uma reunião foi marcada para o dia 29 de junho, mas foi antecipada para esta quarta-feira. Estarão reunidos lideranças do Fiesc, Sesi/Senai, do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem, Malharia e Tinturaria de Brusque, Botuverá e Guabiruba (Sifitec), empresários, entre outros.

O vereador reafirmou a importância do laboratório para a cidade. Além de certificar a qualidade dos produtos, segundo Pirola, o local também é a origem de boa parte da mão de obra da região. Ele ainda complementou que as indústrias têxteis e de tinturarias são responsáveis por aproximadamente 20 mil empregos no município.

No Lafite empresas de Brusque e região emitem certificados de qualidade acreditados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) para os seus produtos. São ensaios em fibras, fios, tecidos, malhas e produtos acabados que analisam falhas, classificação de algodão, costurabilidade, flamabilidade, solidez da cor à luz, entre outros.

Avaliação do sindicato

O presidente do Sifitec, sindicato que representa as indústrias têxteis de Brusque, Marcus Schlösser, diz buscar um meio termo para a situação. Segundo ele, a ideia do Fiesc é de centralizar as ações em Blumenau para que o espaço possa ser utilizado tanto pelas indústrias de Brusque como as do Alto Vale. Mas ele destaca que é esta região que é considerada a que mais emprega e é líder do setor têxtil.

A expectativa de Schlösser é positiva. Após reunião inicial com Fiesc e Senai, o presidente comentou que a região de Brusque está sendo ouvida. Números e demais informações estão sendo preparadas para a próxima conversa.