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Em SC, senador Jorginho Mello acusa Moisés de comprar respiradores em “casa de massagem”

Governador de Santa Catarina foi convocado a depor para CPI da Covid-19

Nesta quinta-feira, 27, durante visita à Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Jarivatuba, na zona Sul de Joinville, o senador Jorginho Mello (PL-SC) classificou a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 como “uma pouca vergonha” e “perda de tempo”.

Para ele, as investigações devem ser feitas, mas acredita que o momento é ruim. “Nós estamos em uma pandemia e a CPI agora não é bem-vinda”, pontuou.

O senador pensa que os depoimentos deveriam acontecer em outro momento. “Quem já fez a pilantragem, já fez. Quem comprou, quem arrumou nota fria, quem gastou dinheiro que o governo federal mandou em outras coisas, já fez”, ressaltou.

Na leitura de Jorginho, a CPI tem como objetivo “falar mal” do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mas que o cenário pode mudar nas próximas semanas. “Agora nós conseguimos virar um ‘pouquinho’ o disco para investigar os governadores”, salienta.

“Trinta e três milhões para uma casa de massagem”, diz senador sobre Carlos Moisés

O senador e político do PL está na expectativa para o depoimento do governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL), à CPI da Covid-19.

“Quem é que mandou ele fazer a patifaria de mandar R$ 33 milhões para uma casa de massagem, no Rio de Janeiro?”, questiona.

Jorginho afirma que se o governador não teve participação em corrupção durante a pandemia do coronavírus, deve dizer quem esteve. “Quem se envolveu em operações da Polícia Federal vai ter que ir lá, porque é sinal que há rolo, deve se explicar”, analisa.

Leia mais: Moisés alfineta Jorginho Mello ao responder sobre CPI da Covid-19: “tentativa de criar um factóide”

O senador ainda afirma que o Carlos Moisés também teria comprado respiradores de uma “casa de maconha”. “No caso da maconha é uma nota, é uma firma, isso tudo tem que ser explicado”, acrescenta.

Jorginho Mello, à direita, ao lado do prefeito Adriano Silva e do Ministro de Desenvolvimento Regional Rogério Marinho, durante visita a Joinville | Foto: Lucas Koehler/O Município Joinville

No dia 7 de maio, Moisés foi absolvido do processo de Impeachment sobre a denúncia de crime de responsabilidade envolvendo a compra dos 200 respiradores por R$ 33 milhões, com dispensa de licitação, que seriam utilizados em pacientes com Covid-19.

Ao todo, foram 6 dos 10 votos do tribunal especial montado na Assembleia Legislativa do estado a favor da destituição, porém, eram necessários ao menos 7 votos para que o governador deixasse o cargo.

Desejo de ser governador

Ainda durante a visita a Joinville, o senador Jorginho Melo destacou que tem interesse em se candidatar a governador de Santa Catarina nas eleições de 2022. “Quem disser que não gostaria está mentindo”, afirma.

Ele fala que seria um privilégio ocupar o cargo estadual e que qualquer político gostaria de ter essa oportunidade.

“Eu vou trabalhar muito para isso, estou trabalhando de forma muito humilde, modesta e corajosa”, finaliza.


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