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Editorial: Novos caminhos

No último domingo foi liberada para o tráfego a “nova Beira Rio’’. Para marcar a data foi realizado um dia de lazer que contou com caminhada, cãominhada, participação do clube de carros antigos e Jeep Clube. Também teve atrações para crianças, atividades físicas, música e chopp, conforme publicamos em nosso portal no domingo e na […]

No último domingo foi liberada para o tráfego a “nova Beira Rio’’. Para marcar a data foi realizado um dia de lazer que contou com caminhada, cãominhada, participação do clube de carros antigos e Jeep Clube. Também teve atrações para crianças, atividades físicas, música e chopp, conforme publicamos em nosso portal no domingo e na capa do jornal impresso de segunda. 

Toda esta festa ainda não é a inauguração, que só poderá ser feita quando a obra for concluída. E, para ficar pronta, ainda falta um trecho de 500 metros em direção a Itajaí, enrocamentos, consertos de calçamentos e asfaltamento de ruas paralelas. 

A Beira Rio da margem esquerda é uma das apostas do prefeito Ari Vequi e também uma das mais caras. Com um custo de R$ 30 milhões, vai cortar boa parte da cidade. E se na área de infraestrutura pode melhorar a mobilidade urbana e servir de canal extravasor, na questão política traz grande visibilidade à atual gestão.

É um novo caminho para mobilidade e prevenção de enchentes, mas também para o desenvolvimento de nossa cidade

Assim, com um olho na obra e outro na imagem, o prefeito foi muito habilidoso, tanto em trazer recursos e viabilizar a obra quanto na sua capitalização. Teve força para batizá-la de Luiz Henrique da Silveira, seu padrinho político, mesmo com as resistências. Também teve a visão de fazer duas festas, uma agora, com liberação do tráfego, e outra prevista para novembro, com a inauguração da obra.

A estratégia de fechar o trânsito de veículos e deixar o espaço para o lazer trouxe, literalmente, as pessoas para rua, criando um vínculo e abrindo a discussão de tornar esta ação permanente. 

O tema chegou a ser debatido na Câmara, mas já estava sendo gestado na prefeitura e na quarta-feira foi anunciado. Agora todo fim de semana a nova Beira Rio será fechada para veículos e aberta para o lazer.

A estratégia deu resultado se usarmos como termômetro as mídias sociais. Tanto a obra quanto a ação tiveram muito mais elogios que críticas.

Mas nem tudo é perfeito. Com certeza esta Beira Rio é vital para Brusque, mas além das obras previstas para concluí-la, outras também serão necessárias para que ela seja mais útil. Ela precisa ser mais integrada e menos confusa e, para isso, desapropriações e novas alças de acesso serão necessárias, elevando o orçamento.

A questão da segurança também começa a ser um ponto de atenção. A velocidade dos carros já entrou em pauta e as soluções não são fáceis. Há quem defenda lombada, radares, outros sugerem maior fiscalização, outros defendem o caminho da conscientização. Não há solução pronta, mas o assunto precisa avançar. Com alta velocidade e sem guardrails, muita gente vai cair no rio.

Por fim, como toda grande obra a Beira Rio Luiz Henrique da Silveira chamou a atenção e a com seus pontos fortes e fracos passa a fazer parte da cena urbana de Brusque. É um novo caminho para mobilidade e prevenção de enchentes, mas também para o desenvolvimento de nossa cidade, que cresce e precisa cada vez mais de soluções como esta.