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Editorial: Brusque contra a crise

Na terça-feira, 3, o jornal O Município publicou uma matéria sobre o posicionamento de Brusque no índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM). Este indicador é feito pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro e é um dos principais do país, baseando-se numa série de dados oficiais. Por meio dele podemos ver a […]

Na terça-feira, 3, o jornal O Município publicou uma matéria sobre o posicionamento de Brusque no índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM). Este indicador é feito pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro e é um dos principais do país, baseando-se numa série de dados oficiais.

Por meio dele podemos ver a evolução de nossa cidade sob três pilares básicos: emprego e renda, saúde e educação. Apesar da divulgação esta semana, os dados referem-se a 2016, o que distorce um pouco a análise, mas não deixa de ser uma baliza importante para conhecer o nosso desempenho.

No quesito emprego e renda, Brusque teve a nota 0,7220, mostrando uma recuperação em relação a 2015, que foi de 0,6744, mas muito aquém de 2006, quando atingiu 0,9153. Esta queda está diretamente ligada à geração de empregos, que em 2015 e 2016 foi negativa, reduzindo 3.531 postos de trabalho nestes dois anos.

Este é um dos reflexos diretos da crise que atingiu também Brusque, levando uma tendência de baixa deste 2014, quando as eleições dividiram o país e a crise política se intensificou. Em 2015, a recessão, a desvalorização cambial e o tarifaço deterioraram ainda mais o cenário.

A boa noticia é que, em 2017, nossa geração de empregos foi positiva, registrando 1.091 novos postos de trabalho. Fomos a sexta cidade do estado que mais gerou emprego e, com isso, a tendência é continuar o processo de recuperação neste critério.

No quesito educação, Brusque também teve um desempenho positivo, com índice de 0,8592, o segundo melhor da série histórica. A saúde também foi destaque, com nota 0,9217, o melhor desde o início da pesquisa.

Temos aqui um ‘grupo invulgar, pioneiro’ que sofre com os trancos e barrancos de nossa economia, mas que ainda tem forças para se levantar

No quadro geral, Brusque está bem, mas já foi muito melhor. Mesmo com a educação e saúde em alta a questão econômica pesou, baixando o IFDM para 0,8343, melhor que 2015, que foi de 0,8110, mas abaixo de todos os outros anos estudados.

Olhando assim, parece que estamos no paraíso, mas sabemos a realidade que vivemos. Com certeza ela é melhor que a maioria das cidades brasileiras, mas isso não quer dizer que estamos no modelo ideal. Os índices da pesquisa são oficiais e se baseiam em alguns critérios extremos para serem elaborados, nivelando por baixo algumas situações.

Mesmo assim, como diz o hino de Brusque, temos aqui um “grupo invulgar, pioneiro”, que sofre com os trancos e barrancos de nossa economia, mas que ainda tem forças para se levantar e, no índice Firjan, “seu nome, entre mil é citado como exemplo a nação brasileira”. Mais que isso, estamos em 154º lugar no ranking nacional, melhor que 4.295 cidades estudadas.

Esta é mais uma divulgação positiva da cidade. Fomos notícia em relação à nossa segurança na semana passada e agora em relação à nossa economia, saúde e educação. Localmente também foi uma semana de boas notícias, como a data de abertura do Imigrantes Hospital e as obras de continuação da avenida Beira Rio, ações que podem melhorar ainda mais a nossa qualidade de vida.

E para quem ainda quer mais, dá para curtir o lado gastronômico da cidade, participando do projeto Temperô, que traz pratos e condições especiais desde ontem em vários restaurantes da cidade, ou ir ao Festival da Cuca, saborear nosso patrimônio gastronômico, afinal, ninguém é de ferro e um doce também nos dá a energia que ajuda a enfrentar a crise.