Sabemos que, pelo menos até dia 8 de agosto, as Olimpíadas serão tema de conversa, no que diz respeito a esportes. Depois disso, talvez seja tempo de fazer cálculos, somar medalhas e calcular o ranking, mas até lá, podemos já orgulhar-nos do feito de Ítalo Ferreira.

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O surfista Ítalo Ferreira escreveu seu nome nas páginas das Olímpiadas, ao ser o primeiro vencedor de uma medalha de ouro em Olimpíadas para o surf, modalidade que se estreia nesta edição 2020 dos Jogos.

O potiguar foi o primeiro brasileiro a ganhar o ouro olímpico nesta edição, transformando o dia 27 de julho em um dia histórico para o Brasil e para o surf.

O ano de 2021 marca a consagração de Ítalo, que após ter inaugurado em fevereiro, o Instituto Ítalo Ferreira, em Baía Formosa, onde nasceu e mora até hoje, venceu o Ouro Olímpico em uma modalidade estreante.

O mural do artista plástico Wellington Potiguar, em Macaíba, na Grande Natal, em homenagem ao surfista deixava adivinhar a proeza e ganha agora um novo alento e revela-se o merecido tributo ao atleta, de origem humilde, que nunca deixou de sonhar e de desafiar as ondas.

A verdade é que, após sagrar-se campeão mundial de surf da World Surf League (WSL), em 2019, após uma inesquecível  final nos tubos de Pipeline e Backdoor, contra Gabriel Medina, Ítalo Ferreira dispensa apresentações. No entanto, o feito assim o exige!

Ítalo Ferreira nasceu em 6 de junho de 1994, em Baía Formosa, no Rio Grande do Norte. Filho de um vendedor de pescado, o jovem usava a tampa de uma caixa de isopor, que o pai empregava no transporte de peixe, para desafiar suas primeiras ondas.

Depois de muitas tampas de isopor quebradas, Ítalo perseverou e continuou a entregar-se ao esporte com uma paixão sem limites.

Campeão da SuperSurfe, em 2014 e vice-campeão no Moche Rip Curl Pro Portugal 2015, ano em que Ítalo se estreia na elite mundial do surf, ao participar na WSL, conquistando o prêmio de “Novato do Ano” e chegando ao 7º lugar no ranking.

Em 2021, numa vitória emotiva e histórica, as primeiras palavras do surfista foram dedicadas a sua avó Dona Mariquinha, que faleceu em 2019.

São histórias como estas que nos permitem acreditar no impossível face às impossibilidades e provar que o isopor pode, um dia, ser ouro!