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Diretor do Imigrantes Hospital diz estar aberto a parcerias com a Prefeitura de Brusque

Secretaria de Saúde, no entanto, afirma que neste momento não é vantajoso contratar serviços da instituição

O diretor geral do Imigrantes Hospital e Maternidade, Luiz Gonzaga Coelho, não descarta a possibilidade de, no futuro, a instituição firmar parceria com a Prefeitura de Brusque e disponibilizar atendimentos via sistema público para a população.

O assunto foi levantado na sessão da Câmara de Vereadores desta semana, quando uma moção de apelo do vereador Ivan Martins (PSD) foi aprovada.

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A moção solicita que o hospital, que hoje presta atendimentos via convênio e particular, faça o credenciamento no Sistema Único de Saúde (SUS) para poder absorver a grande demanda que hoje gera problemas ao Hospital Azambuja.

Gonzaga destaca que o hospital tem uma missão social e está sempre disposto a contribuir com o município. “Estamos iniciando agora, ainda temos um prejuízo mensal que é importante, mas acredito que poderemos caminhar em uma direção de negociação. Gostaria de poder contribuir da melhor maneira possível. Estamos de portas abertas para discutir”.

O gestor, entretanto, acredita que o credenciamento via SUS não é o melhor caminho a ser seguido. De acordo com ele, é possível que o hospital contribua, sem que seja por meio da filantropia.

“É uma questão de colaboração. O credenciamento é complexo, não sei se seria interessante para a gente. Somos uma empresa com fins lucrativos, precisamos das sobras para investir mais no que as pessoas precisam. Aqui temos um grupo de sócios, não há necessidade de credenciamento, mas podemos estabelecer parcerias com o poder público”.

Gonzaga diz que tem uma boa relação com o secretário de Saúde de Brusque, Humberto Fornari, e também com o prefeito, e que já há um diálogo entre a prefeitura e o hospital.

“Temos uma relação muito próxima com o poder público, só precisamos compor e ver de que maneira o Imigrantes Hospital poderia contribuir com o município, mas de uma forma que não gerará problemas para a instituição”.

De acordo com ele, o hospital está aberto para entender quais as necessidades do município e ver o que é possível oferecer, trabalhando, inclusive, em parceria com o Hospital Azambuja. “Aquilo que o Azambuja não consegue fornecer porque está lotado, podemos sentar, negociar, vejo isso com bons olhos, mas precisamos resolver essa equação juntos”.

O que diz a secretaria de Saúde
O secretário de Saúde de Brusque, Humberto Fornari, diz que hoje a pasta tem como posição oficial do Imigrantes Hospital o não credenciamento no Sistema Único de Saúde (SUS) e que, por este motivo, as negociações com a instituição ficam emperradas.

“O nosso fluxo financeiro é reduzido e fazer a compra de serviços, como já fazemos em alguns setores não seria viável, pois os serviços que o hospital está oferecendo, com exceção da UTI Neonatal, já estão contemplados nos outros hospitais que temos credenciamento”.

Ele destaca que hoje, a maior sobrecarga é no serviço de pronto-socorro 24 horas e também o pronto-atendimento pediátrico, entretanto, em todas as conversas com a direção do hospital chegou-se a esse impasse quanto ao credenciamento no SUS.

“Uma parceria significa pagar e para que possamos pagar teríamos que ter verba de recurso próprio e hoje isso falta da Secretaria de Saúde”.

Fornari aguarda pelo novo modelo do sistema público que está nos planos do Ministério da Saúde para que a parceria com o novo hospital de Brusque se torne viável.

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“Claro que todo levante é válido, queremos parceria com o Imigrantes Hospital que também é importante dentro do nosso sistema de saúde, mas aguardo muito esse novo desenho que o ministro da Saúde diz que deve acontecer, com a revisão da tabela e procedimentos e aí nos permitiria entrar com um novo tipo de proposta junto a essas entidades privadas”.

O secretário informa ainda que levou à Secretaria de Estado de Saúde a necessidade da compra de leitos na UTI Neonatal do Imigrantes Hospital, já que esse serviço seria de responsabilidade do governo estadual.

“Sabemos que os leitos na UTI neonatal são uma demanda represada, mas isso passa mais pelo interesse do governo do estado do que da secretaria, inclusive, já levamos essa ideia para o secretário”.