Dia Internacional da Mulher, ela merece mais que flores!
Amanhã, a mulher, essa companheira indispensável à existência da outra metade do ser humano, estará comemorando o seu dia. Sem a mulher, nós, homens, não veríamos a luz do dia. Não conheceríamos os prazeres, as emoções, as alegrias e as vitórias da existência humana, vivenciados a cada instante, a cada hora, a cada dia, nessa […]
Amanhã, a mulher, essa companheira indispensável à existência da outra metade do ser humano, estará comemorando o seu dia. Sem a mulher, nós, homens, não veríamos a luz do dia. Não conheceríamos os prazeres, as emoções, as alegrias e as vitórias da existência humana, vivenciados a cada instante, a cada hora, a cada dia, nessa nossa extraordinária caminhada cósmica sobre esse planeta chamado Terra. Nem as dores, sofrimentos e derrotas, porque a vida é assim mesmo, uma gangorra, um vai-e-vem de momentos felizes, quando nos sentimos nas alturas, e de amarguras, quando nos sentimos despencando no abismo das trevas e da tristeza.
O dia não deve ser apenas de festa e jantares, pois a data foi escolhida para lembrar um doloroso fato histórico envolvendo a luta das mulheres pela igualdade política, econômica e social. Em 8 de março de 1857, operárias foram violentamente reprimidas pela polícia quando protestavam contra as péssimas condições de trabalho, numa indústria têxtil de Nova Iorque. Mais tarde, em 1911, a data foi inserida no calendário como o Dia Internacional da Mulher, para lembrar a luta feminina em prol da igualdade de direitos.
É uma luta contínua, interminável. Sem dúvida, houve um grande avanço. Hoje, as mulheres comandam grandes empresas e, até, poderosas nações. No recôndito do lar, a atividade doméstica é compartilhada entre marido e mulher, muitos homens assumindo o comando da cozinha, antes espaço discriminado, escondido na casa, destinado ao trabalho servil da mulher-amélia. A cozinha ocupa o lugar da sala de visita, os amigos elogiando a arte culinária do marido, antes chefe do lar, agora, chef do fogão, das panelas, mestre dos temperos, neste novo tempo de mulheres e homens se igualando em direitos e deveres, fumando o cachimbo da paz doméstica, sem panela usada como tacape, porque a Lei Maria da Penha não está pra brincadeira.
Ironia à parte, a verdade é que, se voltarmos o olhar para o passado, é compreensível destacar um dia para reverenciar a mulher. Não apenas para dizer parabéns e mandar flores acompanhadas de belas mensagens, prática mais comum, ditada pela etiqueta social. Afinal, quem não gosta de receber uma palavra carinhosa de congratulação, envolvida pela beleza e perfume de um buquê floral? Para lembrar a histórica luta pela igualdade, elas merecem muito mais que uma data especial, muito mais que flores. Merecem o nosso amor, a nossa admiração e a nossa compreensão a cada dia do ano.
Parabéns a todas as mulheres, especialmente, a minha querida Ana Maria.