Dia do Motociclista: conheça a motogirl que realiza entregas há mais de uma década em Brusque

Sandra Regina de Sousa coleciona grandes amizades por conta da paixão pela motocicleta

Dia do Motociclista: conheça a motogirl que realiza entregas há mais de uma década em Brusque

Sandra Regina de Sousa coleciona grandes amizades por conta da paixão pela motocicleta

Aos 52 anos, Sandra Regina de Sousa, é responsável por incontáveis entregas por Brusque e região, trabalhando como motoboy, ou melhor, como uma das raríssimas motogirls em atuação. A motociclista trabalha sobre duas rodas desde 2005, quando deixou um emprego em uma fábrica para se dedicar exclusivamente à função.

Em 2006, Sandra também chegou a trabalhar em O Município, fazendo as entregas das edições impressas. “Antes de trabalhar na empresa de toalhas, eu já fazia trabalhos na rua. Antes era de carro ou utilitário. Acho que quem começa trabalhando da rua não consegue ficar muito tempo em trabalhos assim, entre quatro paredes”, comenta.

Motocicletas e motonetas são mais do que instrumentos de trabalho para Sandra. Fazem parte do estilo de vida da família. A paixão está também com seu irmão e seu sobrinho, ambos motociclistas. Ela já viajou algumas vezes de moto. Até agora, a maior distância foi até Água Doce, no Oeste catarinense: pouco mais de 382 quilômetros.

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“Motogirls” têm sido tão raras que, em 15 anos atuando no ramo, Sandra encontrou apenas uma colega de profissão, que não se adaptou e procurou outros empregos depois de uma curta experiência.

Há tantos anos nas ruas e estradas, a motociclista não se recorda de ocasiões desagradáveis e desrespeitosas pelo fato de ser uma mulher trabalhando em um meio majoritariamente masculino.

“Sou muito bem tratada pelo pessoal, e também pelos colegas mais antigos, que estão por aí até hoje. No trânsito a gente se cumprimenta, nunca tive problema nenhum,”, afirma.

A moto preferida de Sandra é a Honda Fan, vermelha e preta. Algum tempo depois de ter comprado a Fan, ela foi convencida pelo marido a andar de motoneta.

“Eu não queria porque o câmbio é muito diferente”, comenta. Mas foi amor à primeira vista, como conta a motogirl. Depois de meia hora de teste, a Biz foi o veículo mais utilizado. “Vai chegar uma hora em que eu vou me aposentar, mas deixar de andar de moto está muito longe”, afirma.

Sandra conta que os anos de trabalho pelas ruas lhe rendeu e ainda lhe rende grandes amizades com colegas e clientes, que já duram e devem durar muitos anos.

“Levamos em cada viagem muitos sentimentos e valores. Muita gente circula com a moto, mas é diferente para quem trabalha e ganha o pão de cada dia. É uma parceria. Vamos com Deus e voltamos com ele.”

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