Desempenho de presidente e governador influenciarão eleição municipal em Brusque
O desempenho de candidatos do PSL nas eleições gerais deste ano mudou a conjuntura política para as eleições municipais de 2020. A vitória inesperada de Carlos Moisés da Silva ao governo do estado, por exemplo, trouxe para a classe política uma nuvem de incertezas sobre o comportamento do eleitorado daqui a dois anos. Cenários que […]
O desempenho de candidatos do PSL nas eleições gerais deste ano mudou a conjuntura política para as eleições municipais de 2020.
A vitória inesperada de Carlos Moisés da Silva ao governo do estado, por exemplo, trouxe para a classe política uma nuvem de incertezas sobre o comportamento do eleitorado daqui a dois anos.
Cenários que estavam sendo cogitados terão que ser revistos, e, mais do que em qualquer outra oportunidade, o desempenho dos eleitos em 2018 influenciará o dos candidatos em 2020.
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Na prática, o que se avizinha é que, se Jair Bolsonaro e Carlos Moisés fizerem bons governos nos próximos dois anos, conseguindo razoavelmente manter a economia nos trilhos, isso potencializará candidaturas do PSL por todo o estado, assim como já ocorreu neste ano.
Políticos de carreira que estavam já com cenários programados para disputar a eleição municipal em 2020 começam a ter sérias preocupações com a ascendência de nomes desconhecidos impulsionados pela popularidade de presidente e governador eleitos.
No entanto, se eventualmente forem trágicos os governos da dupla Bolsonaro-Moisés, a coisa muda de patamar, e volta-se ao status quo da busca pela política tradicional.
E essa possibilidade de ascensão de candidatos desconhecidos pode ser potencializada em Brusque, tendo em vista a grande fragmentação partidária do município.
As siglas mais fortes e tradicionais na cidade, em 2016, não conseguiram construir projetos políticos sólidos, tanto é que foram registradas sete candidaturas, uma fragmentação nunca antes vista.
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A persistir essa falta de entendimento, a candidatura de um outsider torna-se ainda mais viável. Políticos e partidos tradicionais necessitam, portanto, repensar o próximo pleito, ou serão engolidos, como foram agora, por nomes novos na política.
A incerteza do cenário é ainda maior para o grupo do governo Jonas Paegle (PSB), o qual defenderá em 2020 a continuidade do projeto eleito com ampla maioria de votos em 2016.
Ocorre, no entanto, que o favoritismo da candidatura PSB-MDB, claro na última eleição, não mais existe, já que a figura central que impulsionou a votação foi o ex-prefeito Ciro Roza (PSB), hoje sem relações com o governo após ser escanteado do gabinete.
Pelo protagonismo exercido durante o mandato, o nome natural da sucessão seria o vice-prefeito Ari Vequi (MDB), mas ainda não se sabe que capital político este poderia angariar sem a benção de Roza.