Dengue: Prefeitura de Brusque firma contrato emergencial com Hospital Azambuja

Secretaria de Saúde anuncia ações no combate a doença; saiba como deve ocorrer atendimento no município

Dengue: Prefeitura de Brusque firma contrato emergencial com Hospital Azambuja

Secretaria de Saúde anuncia ações no combate a doença; saiba como deve ocorrer atendimento no município

A Secretaria de Saúde de Brusque anunciou novo contrato emergencial com o Hospital Azambuja, que deve iniciar nesta segunda, 23. Trata-se de uma das ações que o Executivo apresentou durante coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira, 20.

De acordo com o secretário da pasta, Osvaldo Quirino de Souza, a cidade passa por uma mudança do cenário epidemiológico. A iniciativa tem objetivo de evitar uma piora na epidemia de dengue. O contrato com o hospital tem duração de 60 dias.

O secretário detalha que a população que apresente sintomas deve primeiro procurar atendimento na Unidades Básica de Saúde (UBS), das 8h às 17h. As equipes das UBS passaram por capacitação e, lá, os pacientes devem ser avaliados e classificados como A, B, C ou D.

Segundo a pasta, o paciente que procurar a unidade de saúde já inicia o atendimento lá. No caso da pessoa classificada no nível A, ela será manejada na própria unidade. Já os níveis B, C e D, que precisam realizar o hemograma e uma hidratação mais forte, como a venosa, serão encaminhados ao Hospital Azambuja.

“Se já vier triado, o atendimento será mais rápido. Ele será levado a uma sala, onde será recolhido o hemograma, e então receberá a hidratação venosa, se for o caso. Dependendo da evolução que ele tiver no período de observação, ele será orientado a retornar ao domicílio, afastamento do trabalho, será feita a notificação do caso, ou pode ser hospitalizado”, conta.

Já nos finais de semana, o cidadão terá que se dirigir até o hospital. No local, terá o atendimento inicial que teria na UBS.

Sobre a situação atual, Osvaldo comenta que um novo médico foi contratado para focar no atendimento dos pacientes. Entretanto, a alta demanda da dengue pode gerar filas nas unidades e o secretário pede compreensão para a população.

“A gente pede para que tenham paciência. É uma estrutura de emergência, para atender um grande número de pessoas”, comenta. “Há a falta de profissionais da saúde, também passamos pela falta de alguns insumos. Pedimos a compreensão pois pode haver algum prejuízo em outras áreas, como foi com Covid-19, o nosso compromisso agora é a dengue”, completa.

Cartão de acompanhamento

Outra medida é o acompanhamento diário do paciente, mesmo que ele não esteja internado. Conforme Osvaldo, todos vão ter uma carteirinha onde será anotada a temperatura e outras informações.

Quem não for internado, deverá retornar à UBS por 7 dias, que é o período de duração da doença em média. Lá, ele dará segmento no tratamento e controle de informações. “Assim, devemos ter controle e poderemos detectar precocemente se o caso está estável ou está evoluindo”, explica.

Outras ações contra a Dengue

De acordo com a diretora da Vigilância em Saúde de Brusque, Ariane Fischer, a equipe de agentes de endemia aumentou de 23 para 37. Porém, agentes comunitários estão sendo treinados para dar apoio nas ocorrências. Além disso, há a previsão de compra de um drone para apoio.

Ariane aponta que o Programa de Endemias continua as ações nas escolas, fiscalizações e no atendimento de denúncias. Os mutirões devem continuar de 15 em 15 dias, com o apoio do Tiro de Guerra.

“Encontrado mais focos em vasos, garrafas e tampinhas, pequenos objetos que acumulam água. Pedimos a atenção da população para recolher esses objetos e fazer a eliminação da água”, alerta Ariane.

Preocupação com o próximo Verão

Osvaldo afirma que a pasta está segura que todos conseguirão ter atendimento. Contudo, apesar das ações novas e já em andamento, existe uma grande preocupação com os números futuros da doença.

Com a chegada do inverno, a tendência é que os números diminuam. Porém, caso os número de focos não baixem, a cidade pode passar por um grande surto de dengue entre 2022 e 2023.

“Se não cuidarmos, teremos um verão dramático. Alguns analistas mais pessimistas dizem que podemos superar os números da Covid-19. O ovo do mosquito contaminado pode durar um ano. Se não for uma ação coletiva, será fadada ao fracasso”, diz.

Portanto, para vencer a dengue, Osvaldo ressalta que a participação do cidadão é extremamente importante. “Ele deve olhar na residência, fazer um pente fino, uma fiscalização rigorosa em todos os locais onde possa haver a de água parada. E chamar a Vigilância onde houver um foco do mosquito”, aponta.

Outro apelo do secretário é que a população deixe a equipe de fiscalização entrar na residência. “O fumacê é a última fase, o combate precisa ser feito pela própria pessoa na sua residência”, completa.

Veja também:

– Médico do Hospital Azambuja ensina como reconhecer sintomas de dengue e tira dúvidas sobre a doença;
– Confira evolução dos casos de dengue em Brusque desde o início da epidemia.


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