Covid-19: estudos atestam que manusear jornal é seguro
Chance de contaminação por papel é quase nula
A pandemia da Covid-19 tem feito a população mundial reinventar hábitos, suprimindo alguns e alterando outros. Mas, alguns comportamentos podem ser mantidos com tranquilidade. É o caso da leitura do velho e bom jornal de papel ou revista, entregues na porta de casa. Estudos e especialistas atestam que a probabilidade de contaminação por essa via – respeitadas as recomendações de higiene – é quase nula.
Quem garante isso é a diretora-adjunta do Instituto de Microbiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Luciana Costa. “Os leitores não precisam ficar apreensivos porque o risco é mínimo. Se pensarmos, por exemplo, no tempo que o jornal leva para ser transportado da gráfica até a casa das pessoas, o vírus perderia completamente sua capacidade infecciosa. E ainda seria absorvido pelo papel do jornal, que é poroso”, explica.
Segundo estudo realizado pelo Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, em conjunto com outras duas universidades americanas, o coronavírus dura mais tempo em superfícies lisas e não porosas, o que não é o caso do jornal.
Além disso, é necessária uma grande quantidade de vírus para que a contaminação ocorra, como explica Mário Oliveira, mestre em microbiologia médica pela Universidade Estadual do Ceará.
“Seria preciso que a superfície do jornal tivesse tido um contato muito severo com muita gente que estivesse expelindo várias partículas carregadas de vírus. Uma conjunção de fatores improvável”, comenta.
Diante da preocupação envolvendo os jornais, a International News Media Association, uma das mais respeitadas organizações de mídia do mundo, divulgou um comunicado afirmando que, de acordo com médicos e cientistas, não foram registrados casos de transmissão do novo coronavírus por meio de contato com jornal ou revistas impressos.