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Covid-19: entidades empresariais de Brusque se manifestam contra lockdown

Instituições reconhecem momento difícil, mas avaliam que fechamento total não é a melhor alternativa

Entidades empresariais de Brusque, a Associação Empresarial de Brusque (Acibr), a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) e o Sindicato do Comércio Varejista de Brusque, Botuverá e Guabiruba (Sindilojas) se posicionam contra o lockdown para combater à Covid-19.

Apesar disso, a presidente da Acibr, Rita Conti, acredita que as medidas tomadas pelas autoridades no momento são necessárias. Ela participou de reunião da Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (Ammvi) e defende que o poder público está tendo que fazer escolhas muito difíceis neste momento. Rita destaca que a associação está disponível para ajudar na medida do possível.

“Temos que nos solidarizar com o poder público, dar um voto de confiança gigantesco para o prefeito e o secretário de Saúde. Somos contra o lockdown por acreditar que não é uma medida a nível nacional e os impostos continuam. Temos que ter um equilíbrio, então medidas como essas são necessárias. Acreditamos que a doença não está dentro dos postos de trabalho”.

Para Rita, a principal ação a ser tomada no momento é a aquisição o mais rápido possível de doses de vacina contra a Covid-19. “A vacina é a nossa esperança. Fiz esse questionamento na reunião com a Ammvi, para saber que norte vamos seguir, se tem um cronograma”.

Presidente da CDL, Fabrício Zen conta que, apesar da boa relação com o poder público municipal, a entidade não participou das discussões sobre quais restrições seriam tomadas neste momento.

Como forma de amenizar as perdas para o comércio com o fechamento das lojas no fim de semana e o cancelamento da realização do Sábado Fácil, a CDL sugeriu que os comerciantes abrissem com horário estendido às sextas-feiras.

Zen acredita que comércios e empresas estão fazendo sua parte no seguimento das regras dentro dos estabelecimentos e diz que falta conscientização da população.

“Nós, como cidadãos, temos que ter a consciência de não fazer aglomeração e do respeito às regras. Claro, é difícil a população se manter, mas é um momento crítico. Vivemos em sociedade, e temos que respeitar o outro indivíduo e cada um fazer a sua parte”.

Ele destaca que entende a gravidade da questão, mas acredita que o poder público estadual poderia ter feito mais para evitar a crise que o estado vive no momento.

“O governo teve um ano para estruturar hospitais. Eles foram incompetentes e não cumpriram com sua obrigação. A curva de aprendizagem da pandemia foi bem longa para o governo aprender quais eram as necessidades, eles tiveram tempo suficiente”.

Na mesma linha, o presidente do Sindilojas, Marcelo Gevaerd, acredita que é necessário balancear o combate à pandemia e o funcionamento do comércio. “Se o comércio parar, teremos um problema duplo”, diz.

Ele destaca que o Sindilojas assinou uma carta junto com outras entidades do estado, que foi enviada ao governador Carlos Moisés (PSL), se posicionando contra o lockdown.


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