Coronavírus: Governo de Santa Catarina cria grupos setoriais para situação de emergência
Durante coletiva, realizada na manhã desta quinta-feira, também foram reforçadas as medidas de restrição para evitar contágio do Covid-19
Durante coletiva, realizada na manhã desta quinta-feira, também foram reforçadas as medidas de restrição para evitar contágio do Covid-19
O Governo do Estado criou grupos setoriais por conta da situação de emergência em Santa Catarina para elaborar ações durante o período de pandemia do novo coronavírus (Covid-19). O anúncio foi feito durante coletiva na manhã desta quinta-feira, 19, pelo secretário de Estado da Saúde, Helton de Souza Zeferino, o chefe da Casa Civil, Douglas Borba, e o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Araújo Gomes.
O grupo gestor de crise tem a liderança do governador Carlos Moisés e tem apoio do secretário de Estado da Saúde, Helton de Souza Zeferino, considerado o gestor da crise. Também participarão do comitê representantes da Defesa Civil, do Colegiado Superior de Segurança Pública e dos grupos temáticos: econômico, social, governança e segurança.
As 54 estruturas da Administração Pública Direta e Indireta estão distribuídas nos quatro eixos de atuação.
Grupo econômico: liderado pelo Secretário de Estado da Fazenda, Paulo Eli, tem objetivo de criar medidas de incentivo para recuperação econômica durante e após a pandemia, considerando desde as grandes indústrias até o microempresário catarinense.
Grupo social: tem como líder a secretária de Desenvolvimento Social do Estado, Maria Elisa de Caro. Entre as atribuições está, por exemplo, articular com a Fecam para que os municípios tenham políticas públicas para abrigar os moradores de rua nesse período.
Grupo de governança: o secretário de Estado de Administração, Jorge Tasca, lidera um grupo responsável por adotar ações como as normativas necessárias para o trabalho remoto dos servidores em serviços considerados não essenciais durante os próximos sete dias.
Grupo de segurança: tem o comando do presidente do Colegiado Superior de Segurança Pública, delegado Paulo Koerich, que coordena ações para manter as restrições de aglomeração e fechamento de serviços considerados não essenciais instituídas no decreto de emergência do governador Carlos Moisés.
O secretário de Estado da Saúde, Helton de Souza Zeferino, considera que as medidas adotadas no decreto de situação de emergência tiveram boa adesão da sociedade na quarta-feira, quando as forças de segurança fizeram ações de orientação à população. Nesta quinta-feira, a Polícia Militar estará nas ruas notificando e autuando os descumprimentos ao decreto.
“Quanto mais adesão tivermos nesse momento, menos pessoas terão que estar em ambientes hospitalares no futuro. Queremos que as pessoas entendam que esse é o momento para ficar em casa. Estamos com um problema de saúde pública e precisamos superá-lo”, ressalta Helton Zeferino.
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Araújo Gomes, explicou que a corporação tem trabalhado para manter a suspensão nos locais onde há aglomeração, como comércios e bares noturnos, e orientar a população nos supermercados. Além disso, também haverá abordagens nos espaços públicos, como praias e parques, para que as pessoas voltem para casa durante o período de emergência.
“Temos a consciência de que essa é uma das maiores crises que o estado enfrentou nos últimos tempos. As forças de segurança, por vocação, estão se expondo para que a população possa atravessar esse momento da melhor forma. Esperamos adesão para que essa corrente do bem não seja quebrada por alguém que poderia ajudar de forma voluntária e não o fez”, pondera o coronel Araújo Gomes.
O chefe da Casa Civil, Douglas Borba, destacou que representantes de outros estados solicitaram o arquivo do decreto e perguntaram sobre a efetiva implementação das ações em Santa Catarina. Borba considera que esse é um indicativo de que as medidas foram adequadas e responsáveis para o momento atual.
“As medidas foram severas, mas necessárias para enfrentamento da pandemia, levando em conta tudo o que vimos na Ásia, depois na Europa e agora na América. Estamos antevendo a situação em Santa Catarina e acompanhado diariamente a situação”, afirma Douglas Borba.
O chefe da Casa Civil, Douglas Borba, também pediu atenção para o abastecimento de água. Borba destacou que não há falta de água, mas recomenda que o cidadão catarinense não use água para lavar calçadas e carros, fazendo o uso racional de água, já que as pessoas estão em casa por mais tempo e o Estado passa por momento de estiagem.
Borba também ressaltou que alguns serviços do Detran, como IPVA e licenciamento, tiveram os prazos de pagamento suspensos enquanto o estado de emergência estiver em vigor. Dessa forma, lembrou que não há necessidade da população ir às instituições bancárias para fazer o pagamento dessas taxas.