A cada ano em que é apresentado, o espetáculo Paixão e Morte de Um Homem Livre conta com novos e importantes desafios, como o intenso trabalho de logística com todos os 400 atores que sobem ao palco e as 110 pessoas que integram as 13 equipes técnicas e atuam nos bastidores do evento. “É desafiador, mas todos os voluntários envolvidos se doam e se dedicam ao máximo para tudo ocorrer o mais perfeito possível, para que o público presente assista a um belíssimo espetáculo, que já é tradicional na nossa região”, comenta o tesoureiro da Associação Artístico Cultural São Pedro (AACSP), Edinei Lana.
Para ilustrar um pouco mais da grandiosidade do espetáculo, que a cada edição tem contado com um número maior de voluntários, apresentamos alguns números que nos fazem ter a dimensão da peça feita por muitas mãos de fé e amor.
Palco
É sob a estrutura em madeira, de 65 metros de comprimento e aproximadamente 900 metros quadrados que foram montados os 7 palcos e passarelas que receberão as 30 cenas e os atores do espetáculo. Para a montagem da estrutura, foram utilizados 321 dúzias de madeira de caixaria, 2.417 estacas de madeira, 156 chapas de maderit, e mais de 300 quilos de pregos. Além disso, para a composição dos cenários, que terão mais de 200 objetos em cena, foram necessários 120 litros de tinta, e mil metros de tecido para a confecção de itens como cortinas, toalhas, entre outros elementos.
Para auxiliar ainda na composição das apresentações, a estrutura do teatro no bairro Aymoré conta também com 100 pontos de luz e desses, em torno de 60 estarão presentes somente nos palcos. Além disso, são 30 pontos de som espalhados no ambiente, para garantir que todo o público possa acompanhar da melhor forma as apresentações.
Figurinos e seus elementos
Como o teatro é realizado a cada dois anos, muitos itens de acessórios e elementos que compõem as cenas e os figurinos já fazem parte do acervo da AACSP. Entretanto, para 2017 a associação optou em renovar alguns deles, que inclusive foram adquiridos em São Paulo. “Muitos materiais vão se estragando e até mesmo desaparecem com o tempo, por isso a necessidade sempre de inovar e se aperfeiçoar, para cada vez mais ter um acervo completo e com mais qualidade”, acrescenta Lana.
Em relação ao figurino, os números desse ano também são significativos. Para a confecção das capas dos soldados e demais trajes foram utilizados 392 metros de tecido. Já em relação aos acessórios, este ano o espetáculo contará com 79 capacetes, 47 pulseiras, 30 colares, 8 chapéus, 47 cintos, 16 perucas, além de 25 lanças, 47 espadas e 21 escudos. “Sempre buscamos utilizar o que temos, e inovar quando necessário. No caso das sandálias, por exemplo, já tínhamos 365 pares, mas foram feitos mais 36 este ano, e algumas foram recondicionadas, totalizando 401 pares para esta 21ª edição”, complementa o tesoureiro.
Todo o trabalho e dedicação que iniciou em 2016 e se intensificou ainda mais nos últimos nove ensaios da peça, são para que um importante número seja formado: o de público, já que a AACSP espera ter casa cheia nos dois dias de apresentação, com 4 mil expectadores nesta Quinta-feira Santa, 13, e o mesmo número, amanhã, Sexta-feira Santa, 14.
Confira alguns números
• 510 voluntários – sendo 400 atores e 110 integrantes das 13 equipes técnicas;
• Palco: 65 metros de comprimento e uma área de 900 metros quadrados – composta por 7 palcos e passarelas;
• 321 dúzias de madeira de caixaria, 2.417 estacas de madeira, 156 chapas de maderit, e mais de 300 kg de pregos foram usados para a montagem e execução do palco;
• Cenários: mais de 200 objetos em 30 cenas;
• Figurino: 392 metros de tecido para a confecção das capas dos soldados e demais trajes;
• Acessórios: 79 capacetes, 47 pulseiras, 30 colares, 8 chapéus, 47 cintos, 401 pares de sandálias, 16 perucas, 25 lanças, 47 espadas e 21 escudos;
• Coreografias: 73 pessoas;
• Média de lanches produzidos para os voluntários em cada um dos nove ensaios e em cada um dos dois dias de apresentação: aproximadamente mil sanduíches e/ou 800 maçãs e 800 bananas.