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Como será o processo de beatificação do padre Léo, fundador da Comunidade Bethânia

Missa no dia 7 de março de 2020, em São João Batista, marcará o início dos trabalhos

Será aberto oficialmente no dia 7 de março de 2020 o processo de beatificação do padre Léo Tarcísio Gonçalves Pereira, fundador da Comunidade Bethânia. Neste dia, o arcebispo de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck, celebrará uma missa, em São João Batista, que marcará o início do procedimento.

O anúncio oficial ocorreu na tarde de domingo, 8, pelo Monsenhor Jonas Abib, fundador da Comunidade Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP), acompanhado pelos padres da Comunidade Bethânia, padres Vicente de Paula Neto e Lúcio Tardivo.

O pedido de abertura do processo foi feito ainda em 2017, quando representantes da Comunidade Bethânia foram até o arcebispo de Florianópolis e pediram autorização para dar os primeiros passos para a beatificação. Com a autorização em Florianópolis, toda a documentação foi reunida e enviada para Roma, que agora autorizou o início do procedimento.

O padre Lúcio Tardivo explica que no próximo ano iniciará a primeira fase do processo, chamada de fase diocesana, em que serão recolhidos testemunhas, graças alcançadas e todo o material que padre Léo escreveu ao longo da vida, incluindo palestras e pregações.

“Com todo esse material será feito um grande dossiê. Uma comissão, chamada de comissão histórica, vai trabalhar em cima disso. Tudo vai passar por uma apreciação teológica para ver se está tudo de acordo com a doutrina da igreja”.

Com o dossiê concluído, todo o material será enviado para Roma, na Causa dos Santos, responsável por receber e analisar os processos de beatificação do mundo inteiro. “Lá eles vão analisar toda a documentação e vão dar o parecer se o padre Léo tem condições ou não de ser beatificado”.

Se a Causa dos Santos tiver a comprovação das virtudes heroicas, ele será declarado Servo de Deus e, posteriormente, é declarado Venerável pelo Vaticano.

Depois disso, será preciso de um milagre comprovado pela igreja e a partir do milagre, é declarado beato. Mais tarde, é necessário um novo milagre comprovado para que se torne santo.

“É um processo bem minucioso e que leva bastante tempo. Só na fase diocesana, em que temos que reunir todo o material, pode levar dois, quatro anos. O padre Léo tem muita coisa escrita. São 27 livros, mais de 300 palestras, pregações, tudo isso tem que ser estudado, então precisa de um tempo”, destaca.

Padre Lúcio afirma que a autorização para a abertura do processo de beatificação de padre Léo foi uma grande alegria. “Não é a comunidade que faz o santo. O santo é feito através do povo. O povo já tem um carinho muito grande pelo padre Léo. Já temos mais de duas mil graças registradas de pessoas que se manifestaram dizendo que alcançaram alguma graça pelo padre Léo”.

De acordo com o padre, a abertura do processo de beatificação já é um reconhecimento da importância que padre Léo teve para a igreja. “Demonstra que a igreja confia e vê no padre alguém que continua contribuindo e ajudando as pessoas, mesmo após 13 anos de sua morte”.

Visitação

Os restos mortais do padre Léo estão na Comunidade Bethânia, em São João Batista, junto ao Centro Cultural Memorial que leva seu nome. O local é aberto para visitação de segunda a domingo, das 8h às 12h e das 13h30 às 17h. A comunidade também recebe excursões mediante agendamento pelo telefone (48) 9 8408-0349.