X
X

Buscar

Com oferecimento de cargos e pressão até as últimas horas, prefeitura tentou desmobilizar grupo que elegeu André Vechi para presidência da Câmara

A prefeitura tentou até as últimas horas impedir a eleição de André Vechi (DC) para a presidência da Câmara de Brusque, mas, por nove votos a seis, a chapa encabeçada por ele venceu a eleição nesta terça-feira, 20. O grupo anunciou o apoio a Vechi na semana anterior à votação. Dentre os motivos da aliança, inclusive […]

A prefeitura tentou até as últimas horas impedir a eleição de André Vechi (DC) para a presidência da Câmara de Brusque, mas, por nove votos a seis, a chapa encabeçada por ele venceu a eleição nesta terça-feira, 20.

O grupo anunciou o apoio a Vechi na semana anterior à votação. Dentre os motivos da aliança, inclusive entre nomes até certo ponto antagônicos da casa, como André Batisti, o Deco (PL) e Marlina Oliveira (PT), estava a tentativa de maior independência da casa em relação ao Executivo. Nos primeiros dois anos da administração de Ari Vequi (MDB), o governo teve hegemonia na grande maioria das votações – o que deve mudar a partir de 2023.

Além disso, o novo presidente vai mudar alguns cargos ligados à mesa diretora, incluindo indicados por Jones Bosio. Também por conta disso, o prefeito decidiu não apoiar a chapa de Vechi, mesmo ele tendo conseguido maioria para se eleger.

Cargos, promessa de apoio à presidência e pressão na Câmara

Para evitar a eleição de Vechi, além de tentar desgastar os vereadores pela presença de Marlina (única vereadora do campo da esquerda na Câmara) no grupo, a prefeitura, de acordo com vereadores e também outras fontes, ofereceu a Secretaria de Desenvolvimento Social, o comando do Ibplan e também a indicação de cargos no Samae a pelo menos dois membros do grupo.

Para outro vereador, o grupo ligado à prefeitura ainda ofereceu apoio para eleger como presidente para os próximos dois anos. Pelo acordo do grupo de Vechi, Jean Dalmolin (Republicanos) será o presidente em 2024.

Até o dia da votação, que foi adiada do dia 15 para o dia 20, vereadores e outras pessoas do grupo do governo foram até a casa de colegas para tentar convencer por uma mudança de voto. Eles também mobilizaram um grande número de pessoas para comparecer à sessão e pressioná-los pela suposta “aliança com a esquerda”, apesar de Vechi garantir que o PT não terá direito a indicação de cargos. Mesmo com toda a mobilização, porém, os nove vereadores mantiveram o acordo e derrotaram o candidato do governo na eleição, André Rezini (Republicanos).

– Assista agora:
Descubra vantagens do uso de peças soltas na decoração