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Com novidades, Mercado de Pulgas de Brusque chega à sua 15ª edição

Cerca de 120 estandes expuseram peças no pavilhão Maria Celina Vidotto Imhof

A 15ª edição do Mercado de Pulgas reuniu cerca de 12 mil pessoas entre sexta-feira, 13, e domingo, 15, no pavilhão Maria Celina Vidotto Imhof. 

Nesta edição, cerca de 120 estandes ocuparam o pavilhão. Como é tradicional, itens de colecionador estiveram expostos durante os três dias de evento. Discos de vinil, moedas e cédulas antigas, itens de decoração, bicicletas, eletrodomésticos, brinquedos, e muitas outras opções.

Além disso, também o evento também contou com opções de alimentação, espaço kids e feira de automóveis.

Bruno da Silva

Organizador do evento, Vilmar Araldi conta que esta edição contou com expositores de cinco estados. Além dos estados da região Sul, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná, colecionadores de São Paulo e Rio de Janeiro também participaram do evento.

Araldi destaca a importância do evento para a cidade e o patamar que o Mercado de Pulgas alcançou em Brusque.

“Já se consolidou na cidade, existe até fila de espera para expositores participarem do evento. Pessoas de outros estados vêm para fazer compras aqui. É um evento cultural, que faz as pessoas lembrarem o passado”, diz.

Bruno da Silva

Valquíria Felipe Odisi, de 45 anos, esteve na exposição com a mãe, marido e filho. A família costuma visitar o Mercado de Pulgas, principalmente para que possam recordar o passado. Ela conta que encontra muitas coisas de quando era criança, e destaca o bom estado de várias peças.

Além disso, Valquíria gosta de mostrar ao filho como eram os eletrodomésticos, carros, bicicletas e brinquedos da sua época.

Ezequiel Heleno da Silva, 48, e a esposa Valdete Ferreira, 48, comparecem no Mercado de Pulgas todos os anos. Ezequiel conta que tem uma coleção de miniaturas de carros da Hot Wheels e que procura comprar mais peças quando encontra bons negócios.

Ele destaca também que no local são encontradas coisas que não funcionam só de enfeite e que estão em bom estado.

Novidades em 2020

O professor universitário Felipe Rocha trouxe de Niterói (RJ) uma parte da sua coleção de numismática, que envolve moedas, cédulas e medalhas pela primeira vez a Brusque. Rocha conta que conheceu o Mercado de Pulgas de Brusque através de um amigo e que já participava de evento similar em Timbó. 

Ele tem uma empresa, a Rocha Numismática, que participa da Feira De Antiguidades da Praça XV, que acontece no Centro da cidade do Rio de Janeiro todo sábado. Ele conta que emprega 80% do seu tempo nesta atividade. 

Rocha explica que, além de vender, conseguiu no Mercado de Pulgas fazer trocas e negociações de várias peças.

“Além do negócio, nós estudamos muito também a história. Nós vamos buscar as peças onde elas estão. O colecionismo não aceita cópias”, ressalta.

A peça mais valiosa que Rocha trouxe ao Mercado de Pulgas foi um kit de moedas do Quarto Centenário do Brasil, de 1932, a primeira moeda feita para colecionismo no país. Em média, o valor das quatro moedas fica em torno de R$ 10 mil.

Bruno da Silva

Rocha conta, porém, que a moeda mais antiga que ele tem data da época do Império Romano e Grego.

Outra novidade no Mercado de Pulgas foi a presença da loja do antiquarista Marcelo Gonzalez, antiquarista de Porto Alegre. A ‘Arte Antiga’ é a maior loja online do ramo e tem mais de 23 mil curtidas em sua página no Facebook.

Bruno da Silva

Gonzalez compareceu ao evento pela primeira vez, por convite de um colega, trazendo de tudo um pouco – numismática, artigos de futebol, da Coca Cola, brinquedos, telefones antigos, cartões postais. A loja dele não tem um espaço físico, então a opção do antiquarista foi de trazer alguns dos principais objetos que eles disponibilizam.

A paixão por itens colecionáveis vem de família. Segundo Gonzalez, isto começou com o seu avô, na Espanha, passou pelo seu pai, na Argentina, e continua com ele, no Brasil.