X
X

Buscar

Cobrança de estacionamento na igreja matriz de Guabiruba é boato

Boataria infundada Circulam nas redes sociais mensagens informando que a Igreja Matriz de Guabiruba irá começar a cobrar estacionamento dos fiéis durante as missas. O padre Silvano, pároco da igreja, afirma que se trata de um boato totalmente sem fundamento, e diz inclusive que se pretende ampliar o estacionamento, mas nunca existiu plano de cobrar, […]

Boataria infundada
Circulam nas redes sociais mensagens informando que a Igreja Matriz de Guabiruba irá começar a cobrar estacionamento dos fiéis durante as missas. O padre Silvano, pároco da igreja, afirma que se trata de um boato totalmente sem fundamento, e diz inclusive que se pretende ampliar o estacionamento, mas nunca existiu plano de cobrar, nem na matriz nem em qualquer outra igreja do município.


Julgamento
A 3ª Promotoria de Justiça de Brusque informou que irá a julgamento, em maio, ação judicial que envolve acusação de fraude em licitação e peculato no município de Guabiruba, denunciado em 2015. Em síntese, a denúncia informou ao Judiciário que houve combinação de resultados em uma licitação realizada durante o governo Orides Kormann (PMDB), também réu na ação. Em investigação, o MP-SC descobriu que duas das três empresas que participaram do certame, destinado à contratação de serviços de terraplanagem, eram de fachada, e pertenciam à mesma pessoa.


Falta esforço
Todo ano são levantadas iniciativas isoladas chamando a atenção para a destinação de parte do Imposto de Renda para o Fundo da Infância e Adolescência (FIA) de Brusque, o que poderia ajudar a financiar projetos nas áreas de educação, cultura e esporte. Entretanto, por parte dos governos de Brusque, em que pese a reclamação constante de falta de recursos, não tem havido esforço em conscientizar a população sobre a importância deste tipo de doação.

Volume de recursos
Recentemente, o vereador Deivis da Silva (PMDB) tratou da questão na Câmara de Vereadores. Todo ano, o deputado estadual Serafim Venzon (PSDB) tem comentado a respeito. Mas, na administração pública, não se vê iniciativa. Segundo Venzon, uma conta superficial demonstra que o município teria capacidade de arrecadar R$ 7 milhões só com a destinação de Imposto de Renda. No entanto, o valor arrecadado no município está muito abaixo do esperado. No ano passado, o fundo conseguiu apenas R$ 65 mil reais. O valor caiu mais que a metade em relação a 2015, em que foram arrecadados R$ 186 mil.


Repasse aos bombeiros
A Prefeitura de Brusque repassou ontem ao comandante do Corpo de Bombeiros de Brusque, Hugo Manfrin Dalossi, os recursos do Fundo de Reaparelhamento do Corpo de Bombeiros (Funrebom). O valor do repasse foi de R$ 1,16 milhão. Manfrin informou que o recurso será utilizado para a nova sede da instituição. “Para este ano, com esses recursos repassados agora, nós já temos aprovada pelo nosso conselho do Funrebom a utilização na futura obra do quartel. Estamos no trâmite final de permuta do nosso quartel para uma área vizinha, muito mais adequada”, afirma.


Acúmulo de cargos
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ontem, por 10 votos a 1, mudar o entendimento sobre a incidência do teto salarial para servidores que podem acumular cargos efetivos. De acordo com decisão, o cálculo do teto vale para cada salário isoladamente, e não sobre a soma das remunerações. Na prática, estes servidores poderão ganhar mais que R$ 33,7 mil, valor dos salários dos próprios ministros do Supremo, valor máximo para pagamento de salário a funcionários públicos. A decisão da Corte também terá impacto no Judiciário e no Ministério Público, porque muitos juízes e promotores também são professores em universidades públicas, inclusive, alguns ministros do STF.


EDITORIAL

Greve geral? Como assim?

Quando a edição de sexta-feira deste nosso O Município começar a circular, milhões de pessoas, Brasil afora, estarão às voltas com uma dúvida importante: ir ou não trabalhar e exercer suas atividades rotineiras?

A greve geral, convocada inicialmente por algumas Centrais Sindicais teve, durante a semana, adesões de outros setores. As notas de apoio à greve, emitidas por alguns colégios – nenhum em Brusque -, informando que suspendem as aulas hoje, seguindo orientação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), acenderam o debate.

A antiga figura dos “padres de passeata”, com que na época da ditadura se procurava desqualificar os religiosos seguidores da Teologia da Libertação, foi substituída pela “bispos de passeata”, usada para fazer pouco dos prelados que se manifestaram publicamente a favor da greve geral.

Uma greve geral é, em essência, um ato político, uma tentativa de ruptura da ordem, para mostrar força e engajamento popular. A primeira greve geral do país, em 1917, foi convocada por organizações de inspiração anarquista.

Esta greve de hoje, 100 anos depois da primeira, está ocorrendo principalmente porque muitos temem que as reformas trabalhista e previdenciária possam mais prejudicar do que ajudar.

Parar um país do tamanho e da complexidade do Brasil não é tarefa fácil. Nem pode ser resultado da iniciativa de centrais que não representam nem lideram multidões. Mas, à medida em que, aqui e ali, colégios, igrejas, empresas, grupos, sindicatos, associações decidirem que é hora de pedir ao governo que desacelere seu ímpeto reformista, é possível que tenhamos, hoje, uma greve geral.

Assim como é possível que a maioria não queira se meter, ou se comprometer, ou se complicar e deixe pra lá, tocando normalmente sua vida, esvaziando o movimento.

É importante que todos se sintam à vontade para se expressar e dizer o que pensam

Em todo caso, são esperadas paralisações de setores mais organizados (como os sindicatos de transporte coletivo) que podem atrapalhar a ida e a vinda ao trabalho. A suspensão das aulas em escolas particulares e provavelmente em escolas públicas, também vai criar um dilema adicional: com quem deixar as crianças?

Independentemente do que se pense do governo ou da correção dos motivos da paralisação, é importante que todos se sintam à vontade para se expressar e dizer o que pensam. E que se manifestem publicamente, a favor ou contra, com argumentos ou ações não violentas.

O governo e os parlamentares precisam saber que representam uma população consciente e ativa, que não engole qualquer sapo e que quer ser bem informada sobre o que estão pretendendo fazer com o nosso futuro.

É importante que todos se sintam à vontade para se expressar e dizer o que pensam