Clonagem de placas de veículos causa transtornos a moradores de Brusque
Polícia Civil pede atenção às fraudes, que são registradas com frequência na região
Polícia Civil pede atenção às fraudes, que são registradas com frequência na região
As suspeitas de clonagem de placas de um Corsa Sedan e de uma Honda Biz de moradores de Brusque, na última semana, enfatizam a necessidade de atenção redobrada com os registros e notificações de infrações de trânsito, afirma a Polícia Civil.
Aos 68 anos, o proprietário de um Corsa foi autuado por falta de cinto de segurança em Foz do Iguaçu, no Paraná, no início da semana passada.
Dias depois, uma mulher de 26 anos, proprietária de uma Biz, registrou boletim de ocorrência após receber multa por excesso de velocidade em Criciúma, no Sul do estado. Em ambos os casos, os moradores de Brusque afirmam sequer conhecer as cidades.
Segundo o delegado da Polícia Civil, Leandro Sales, ocorrências semelhantes são recorrentes no município. Elas são relatadas tanto por moradores de Brusque, quanto de outras cidades, com multas irregulares recebidas na região.
Apesar da frequência, é difícil comprovar a clonagem. Situações como erros no registro ou digitação da infração também devem ser consideradas. Uma opção indicada por Sales é a possibilidade dos proprietários registrarem a suspeita na Delegacia Virtual do estado (www.delegaciaeletronica.sc.gov.br).
A necessidade de encaminhar as investigações dos casos às cidades onde as infrações foram registradas dificulta a resolução rápida, segundo o delegado.
Cuidados simples
Medidas como a conferência das características do veículo podem auxiliar os proprietários na hora da formulação da defesa.
O delegado explica que em casos de suspeita de clonagem, uma das primeiras medidas a serem tomadas é a defesa da multa dentro do prazo estipulado e seguindo orientação jurídica. Além do BO, outra ação importante é a apresentação de documentos do veículo e laudos de vistoria veicular, assim como a regularização no Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
As orientações são reforçadas pelo delegado regional de Brusque, Fernando de Faveri. De acordo com ele, o registro de infrações em diferentes cidades ou estados são um dos indícios mais comuns de clonagem de placas.
Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná costumam ser os locais mais recorrentes. “É preciso confrontar de forma atenta a infração, com atenção aos detalhes do veículo. Isso já é uma prova substancial.”
Ele afirma a possibilidade de abertura de um processo para troca da placa no município de registro do veículo.
A medida é utilizada em casos descritos como extremos pelo delegado. Para a abertura, ressalta, é preciso ter recorrido das infrações.
O processo não tem custos para o proprietário, mas após a conclusão, será preciso arcar com as taxas estipuladas para confecção da nova placa, transferência e emissão dos documentos.