Cist propõe criação de um banco de dados sobre acidentes de trabalho em Brusque
Proposta foi enviada à Secretaria de Saúde, mas comissão ainda não teve resposta
Proposta foi enviada à Secretaria de Saúde, mas comissão ainda não teve resposta
A Comissão Intersetorial da Saúde do Trabalhador (Cist) pretende construir um banco de dados sobre os acidentes de trabalho em Brusque. O objetivo deste sistema, segundo o presidente do Conselho Municipal de Saúde (Comusa), a qual a Cist faz parte, Gustavo Gumz Correia, é identificar quais os setores que mais acidentam e estabelecer diretivas para amenizar este número.
A forma com que esse banco de dados será organizado ainda está sendo estudada pelos membros da comissão. Inicialmente, a Cist propôs a criação de uma cadeira dentro da Secretaria de Saúde, com estágio não remunerado, que serviria como matéria do currículo do curso de Psicologia da Unifebe. Entretanto, a Secretaria de Saúde ainda não deu uma resposta à comissão.
Segundo Correia, a estagiária seria encarregada da construção do banco de dados, com as informações repassadas pelas empresas, pela Previdência Social e pelos hospitais. “Seria para todos um espelho de como anda a responsabilidade de cada setor do trabalho (empregado/empresa), e deste banco, encaminhar e propor os serviços e avaliação a serem tomadas”, diz.
Constituída em 2014, o principal foco da Cist é a prevenção aos acidentes de trabalho, já que o município apresenta um número elevado. Porém, somente agora é que a comissão está se estruturando para trabalhar em cima deste setor.
O presidente do Comusa lembra que a Cist é um dispositivo constitucional e que consta em toda a legislação que fala do controle social na saúde pública. “Quando se fala em saúde pública deve-se pensar em saúde do trabalhador, vigilância sanitária, vigilância epidemiológica, meio ambiente, etc”.
Ele ressalta ainda que os membros da Cist se reúnem todos os meses para tratar de vários temas, sempre relacionados com a saúde do trabalhador. Para ele, todo e qualquer acidente sempre é visto com preocupação.
“Não há possibilidades de se zerar o número de acidentes, o que é e deve ser possível, é a conscientização das partes, através de cursos, palestras e acima de tudo, no trabalho de informação, que deve iniciar já nas escolas”.
Por isso, segundo o presidente do Comusa, desde 2015, a comissão vem atuando com campanhas educativas em diversos temas. “Já fizemos campanhas nas escolas do município, no ano passado a campanha focou nos atendentes de postos de gasolina sobre os perigos do abastecimento até a borda e para este ano, ainda estamos escolhendo o tema”.
Na sua visão, a criação do banco de dados permitirá que a comissão faça ações mais concretas, já que poderá avaliar quais os tipos de acidente mais comuns em Brusque. “Os acidentes acontecem diuturnamente, e todos devem ser avaliados. A grande dificuldade, está na comunicação das empresas sobre os acidentes de trabalho”.