Carlos Renaux volta da sede da Federação Catarinense de Futebol sem avanço quanto à volta do clube ao profissional
Dirigentes visitam FCF, mas sem conversar com Delfim, saem com poucas novidades
Dirigentes visitam FCF, mas sem conversar com Delfim, saem com poucas novidades
A comissão montada pelo Carlos Renaux para tratar do retorno do clube ao futebol profissional praticamente não trouxe novidades da sede da Federação Catarinense de Futebol, em Balneário Camboriú.
A diretoria do clube esperava falar com o presidente da FCF, Delfim de Pádua Peixoto Filho, na segunda-feira, mas não foi atendida pelo cartola, pois o mesmo segue uma maratona de viagens pelo norte do País.
Ontem, ele discursou sobre o tema, “Futebol catarinense, um sucesso sem segredo”, no lançamento do 23º ano do prêmio Troféu Camisa 13, em Belém do Pará.
Mesmo sem conseguir falar com o dirigente máximo do futebol estadual, o presidente do Carlos Renaux, Renato Petruschky, o Tato, avalia como positiva a visita. “Valeu a pena porque a gente conversou com o pessoal do departamento de futebol e pegou algumas informações referente ao custo. Mas não evoluímos muito porque tem coisas que tem que ser com ‘o homem'”, observa Tato.
A ideia do Renaux é contar com a pré-disposição de Peixoto Filho, como anunciado no centenário do clube, em 2013, para obter ‘perdão’ ou ter a liberação de alguns custos para voltar à terceira divisão de futebol ainda este ano. “O clube está licenciado. Não precisa pagar a anuidade que acredito seja em torno de R$ 4 mil, mas existe uma taxa de reativação tanto da FCF, quanto da CBF que sabemos que é meio alta”, disse ele, sem entrar em detalhes sobre valores.
A intenção de Tato é aproveitar jogadores da região para diminuir os custos e eventualmente utilizar também atletas da base que estão estourando idade para jogar a terceirona, prevista para começar em outubro.
“Posso até ser criticado, e acredito que serei, pela mídia especializada, mas não vou buscar jogadores de fora e pagar um absurdo para jogar uma terceira divisão”, diz.
O presidente pretende utilizar atletas do campeonato amador de Brusque. Assim, ainda planeja atrair mais torcedores para o clube através de familiares e amigos de ‘jogadores da casa’. A disputa do municipal servirá como base para formação da espinha dorsal da equipe.
Uma reunião será realizada hoje com os atletas que representação o clube na competição para expor o projeto. “Temos muitos jogadores bons na cidade. O camisa 10 do Poço Fundo mesmo, (Djonathan Heck) é um excelente jogador e com certeza poderia ser aproveitado”, exemplifica. “Quem não tem interesse em jogar uma terceira divisão e ter a oportunidade de ser observado por outros clubes”, questiona.
O presidente do Vovô diz que o clube não vai cometer ‘absusos’, mesmo que os resultados em campo não sejam os projetados no primeiro ano. “Vamos dar todo o suporte e estrutura aos atletas. Inclusive já estamos viabilizando uma parceria para locomoção dos jogadores a custo zero para o clube, o que será muito importante, mas a minha ideia é trabalhar com produtividade. Eles vão receber conforme alcançarem determinadas metas”, explica.
O dirigente ainda ressaltou que o clube não usará dinheiro das categorias de base para o futebol profissional. A ‘carta na manga’ pode ser o anúncio de uma parceria com um possível patrocinador master após conversas que devem ser realizadas no início de fevereiro. “Somente com este apoio, acredito que a gente já consiga o valor necessário para o nosso projeto”, confia.