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Candidato Paulinho Sestrem (Republicanos) expõe propostas para governar Brusque

Confira o resumo da entrevista com o vereador e candidato a prefeito da cidade

 

 

 

Idade: 39 anos
Naturalidade: Brusque
Profissão: Vereador
Grau de instrução: Ensino Superior completo
Número na urna: 10

Paulinho Sestrem (Republicanos) foi coordenador do Instituto Brusque de Planejamento e Mobilidade (Ibplan), secretário de Trânsito e Mobilidade de Brusque e coordenador da Gbtran de Guabiruba. Em 2016, foi eleito vereador de Brusque.

Se preferir, ouça a entrevista no podcast do jornal O Município no player abaixo

Durante a entrevista, Sestrem falou dos planos para construção de contorno viário regional, além de propostas para saúde, infraestrutura e transporte público, entre outros.

Assista entrevista na íntegra

Confira os principais trechos.

Você foi muito crítico ao atual governo na Câmara de Vereadores e nas redes sociais. Qual o ponto principal que acredita que a atual administração falhou e como pretende mudar o que criticou nos últimos anos?

Na verdade, fui crítico às coisas erradas, não ao governo. Até fui um vereador de oposição muito manso diante de situações que aconteceram. Mas rodamos toda a cidade, conhecemos as necessidades. A gente percebeu muitas falhas na área da saúde, que não vimos um resultado positivo, na mobilidade urbana, ainda não temos um edital do transporte público, o plano de mobilidade não veio para a Câmara. A gente fez um trabalho transparente, sempre tentando inicialmente levar as demandas da população ao poder público e, quando não éramos atendidos, tínhamos que usar nossa voz na tribuna e fazer a fiscalização. O vereador faz duas coisas principais: faz as leis e fiscaliza, e como a gente não tem rabo preso, tinha que fazer o trabalho, independentemente do governo gostar ou não.


Quais pontos você acredita que precisam ser repensados na reforma administrativa que propõe no plano de governo?

Percebemos nesses quatro anos que as próprias secretarias não trabalham interligadas. Em 2018, saiu n’O Município, o jornal entrou em contato com a administração para saber quem era responsável pelo parque Leopoldo Moritz, e a matéria dizia que foi passado por sete secretarias até saber quem era o responsável. Ou seja, algumas secretarias precisam ser interligadas, temos que reduzir o número também. Podemos ter uma super secretária de Esporte, Turismo e Cultura junto, como já existe em outras cidades.

A questão do cargo comissionado, aí sim, foi algo que a gente pegou muito no pé da administração pública. O que destrói uma prefeitura é você ter um prefeito e vice, que tem a decisão de contratar o cargo, e colocar na área da saúde, para comandar efetivos, que vão ser comandados por um amigo do prefeito, que entende menos do que eles. Isso destrói qualquer estrutura pública, e prejudica a população lá no atendimento final. Nossa reforma administrativa tem redução de secretarias, de cargos comissionados, e realocação de pessoas e estruturas dentro da prefeitura, que vão visar atender melhor a população. A gente também quer mudar a questão da contratação dos ACTs.


Você propõe a implantação de pronto atendimento no bairro Santa Terezinha, um assunto que vem sido discutido na cidade há um bom tempo. Qual o modelo que você considera ideal para o funcionamento da unidade? Seria no modelo de UPA?

Não, já passou por várias administrações (a discussão da UPA) e ninguém resolveu. Hoje, a mãe e o pai tem que levar o filho doente para o Azambuja, a Policlínica ou Unidade Básica de Saúde. Mas, e se isso acontece à noite? A UPA é um valor alto para o município manter. Eu e minha vice temos discutido muito sobre aquele espaço. Queremos implantar lá um pronto atendimento, mas voltado para pediatria. É inadmissível que nossa cidade, com quase 140 mil habitantes, não tenha atendimento pediátrico gratuito para nossa população. Hoje, você vai no hospital Azambuja, e vimos que as pessoas ficam até cinco horas aguardando atendimento e, muitas vezes, é para criança. Essa criança não precisa ser atendida lá. Temos uma proposta inovadora, para que, quando uma criança tiver um problema, os pais não precisem se deslocar para outro local.


A fila para creches em Brusque é um problema antigo na cidade, hoje são mais de mil crianças esperando na fila. Como vocês pretendem reduzir esse déficit? O que faria diferente dos últimos governos?

Temos um órgão na nossa prefeitura que é o Ibplan, que, na nossa gestão vai ser o coração da prefeitura. Hoje a gente vê o Ibplan como um balcão para alvará. Esse é o órgão que tem que definir onde vai ser a creche. Esse déficit que tem, muitas vezes é porque os pais não conseguem atravessar a cidade pela localização que ele está para deixar o filho.

Está no nosso plano de governo a parceria público-privada. Temos, por exemplo, na região da Volta Grande, três centros comerciais gigantes. Por que não a gestão de Brusque conversar com eles para cederem um espaço naquela região, como já foi feito na FIP, na Fischer, e a prefeitura entre com a mão de obra, em horário diferenciado, para atender todas aquelas crianças. Podemos automaticamente atender todas essas crianças lá e garantir mais vagas em outras creches.


Vocês propõem a criação do que chamam de super projeto de Contorno Viário Regional em parceria com cidades vizinhas. Como viabilizar essa obra?

É importante que as pessoas entendam que, estamos falando de um projeto de algumas gestões. Alguma tem que iniciar, e vai ser a nossa. Hoje quem vem de Blumenau, Nova Trento, Itajaí e Guabiruba passa por Brusque, a cidade virou uma rota de passagem. Isso diminui a qualidade de vida da nossa população, aumenta poluição, o trajeto de trabalho no dia a dia.

O anel de contorno viário é fundamental para desviar essa rota de passagem. É uma obra muito cara, mas estamos nos preparando antes de assumir a prefeitura, já temos contatos com deputados estaduais e federais. Precisamos de um projeto de qualidade.

Não queremos conseguir no primeiro mandato fazer uma obra de 50 quilômetros, mas alguém tem que começar. Queremos iniciar ao menos de 10. A região que mais necessitaria, no início, é na ligação da Ivo Silveira com a Antônio Heil, para tirar esse trânsito de passagem para quem mora na região da Unifebe, para quem sai da Limeira.


Como será a escolha dos secretários?

Somos chapa pura, não estamos amarrados com partidos que vão pedir secretarias. Além de termos secretários técnicos, é um compromisso que temos, queremos que eles não sejam filiados a partidos. Se tiver algum profissional muito qualificado em algum partido, vamos pedir para que ele se desfilie. 


No plano de governo, vocês pretendem implantar um novo modelo de transporte público. Quais as principais deficiências que você identifica atualmente e quais alterações pretendem fazer?

Fui secretário nessa área, tivemos avanços naquele momento, a bilhetagem eletrônica, alguns ônibus com Wi-Fi e ar-condicionado, implantação de novos horários, extensões de linha, mas não foi suficiente porque não teve um novo edital. A empresa, que já está há 20 anos na cidade, não participou deste novo edital, a prefeitura não teve competência para lançar e trazer um novo modelo. O que a gente propõe é que as pessoas tenham confiança que o ônibus passar, um abrigo de qualidade, com informações, e, mais do que isso, precisamos de subterminais. Já mapeamos, que seriam no Dom Joaquim, Águas Claras e Limeira. 

Além disso, a passagem tem que ser equivalente para que as pessoas troquem a moto e o carro. As pessoas queriam andar de ônibus, mas as pessoas não têm segurança. A tarifa também está um pouco alta. Precisamos de um edital muito bem amarrado.


A cidade vem passando por um problema de abastecimento de água durante este ano. Quais suas propostas para minimizar esse problema?

Como vereador, recebi muitas reclamações, tivemos até alguns debates com a administração do Samae. Primeiro, o Samae não pode ser um cabide de emprego. O órgão tem bons profissionais, mas que não são ouvidos. Temos algumas obras que precisam ser continuadas, independente da gestão que está, temos que pensar na cidade. O reservatório da Cristalina, que ainda não iniciou, é uma realidade, precisam disso. Andando pelo Cedro Grande, Águas Claras, Limeira, Limoeiro também necessitam. O abastecimento tem que ser projetado principalmente nas localidades. Hoje, infelizmente, o Samae não presta um serviço de qualidade.


O jornal recebe com muita frequência fotos e vídeos de manchas coloridas e espuma no rio Itajaí-Mirim, e você propõe uma fiscalização ostensiva neste sentido. Como você acredita que este problema pode ser amenizado?

É uma situação bem complicada, que, até hoje, ninguém resolveu. É um desafio para nossa cidade, mas, infelizmente, a Fundema é omissa. Estando lá, vamos saber se é da gestão ou dos funcionários. Conheço pessoas que trabalham lá, mas que não têm autonomia. Ninguém vai sair notificando todo mundo, mas a ideia é iniciar com uma readequação educacional com as empresas. Saber o que cada uma oferece para o meio ambiente, quais estão preparadas e quais não. Temos que fazer essa reeducação com as empresas, com prazo e uma comissão com funcionários da Fundema para fazer essa fiscalização.


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