Candidatas a vereadora são eleitas suplentes com menos de 10 votos em Brusque
Outros 53 candidatos fizeram menos de 100 votos e também ficaram com a suplência
Outros 53 candidatos fizeram menos de 100 votos e também ficaram com a suplência
Três candidatas a vereadora de Brusque receberam menos de 10 votos e, mesmo assim, foram eleitas suplentes neste domingo, 15.
Mônica Bertoldi (PP) recebeu nove votos; Maristela Machado (Republicanos) fez oito e Carla Mafra Lesses, a Tata (Patriota), fez apenas três votos.
Assim como elas, outros 53 candidatos, de diversos partidos, fizeram menos de 100 votos em Brusque e também foram eleitos suplentes.
Todos poderão ter a chance, remota, de assumir uma vaga na Câmara, caso o titular não cumpra o mandato até o fim, ou, como é comum em algumas agremiações, seja montado um rodízio, com o titular se licenciando para que os suplentes possam assumir a vaga temporariamente.
Em contrapartida, o inverso também foi registrado. Quatro candidatos que fizeram mais de 400 votos ficaram de fora até mesmo das vagas de suplente: Edemir Aguiar (PRTB) com 493 votos; Enfermeira Dida Mafra (PSDB) com 517 votos, Marcos Fonseca (PRTB), que teve 534 votos e o ex-prefeito interino de Brusque, Roberto Prudêncio (PSC) que fez 712 votos.
Isso acontece por causa do sistema eleitoral proporcional, adotado pelo Brasil nas Câmaras de Vereadores. Seguindo essa regra, o voto depositado em um candidato a vereador é direcionado para o partido dele.
Com isso, é feita uma conta que divide o total de votos válidos pelo número de cargos na Câmara. Com esse cálculo se descobre o quociente eleitoral.
Em resumo, o quociente eleitoral é o número de votos que um partido precisa ter para conquistar uma vaga de vereador. Neste ano, o quociente eleitoral em Brusque foi de 3.415 votos.
Na sequência, se verifica o total de votos que um partido teve, dividindo esse número pelo quociente eleitoral. O resultado do cálculo mostra quantas cadeiras cada partido conquistou.
Com isso, caso um candidato tenha sido muito bem votado, ele pode acabar elegendo outros com menos votos. Alguns candidatos do partido se tornam suplentes e podem ser convocados caso o vereador eleito precise abandonar o cargo. Suplentes mais votados serão chamados primeiro.
Por outro lado, há candidatos bem votados, como é o caso de Roberto Prudêncio, que fez mais de 700 votos, que não conseguem sequer ficar como suplentes, pelo fato do partido não ter alcançado o número de votos suficientes do quociente eleitoral.