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Câmara de Brusque retorna com expectativa para eleição de novo presidente nesta terça-feira

Ivan Martins e Gerson Morelli, o Keka, disputam o comando do legislativo brusquense

Nesta terça-feira, 4, a sessão da Câmara de Vereadores de Brusque retorna com a expectativa da eleição do novo presidente e vice do legislativo. Na última sessão do ano passado, o então presidente, José Zancanaro (PSB) e o vice, Ivan Martins (PSD), renunciaram aos cargos.

Com isso, o primeiro secretário, Gerson Morelli, o Keka (PSB), assumiu interinamente a presidência da Câmara e convocou eleição para a primeira sessão ordinária do ano, ou seja, nesta terça-feira.

De acordo com o diretor geral da Câmara, Jefferson Silveira, como dois cargos estão vagos, a eleição será para preencher somente essas duas funções. Geralmente, a eleição é realizada após a sessão ordinária.

Ele explica que os 15 vereadores serão chamados e, então, darão seu voto abertamente. O voto deverá ser declarado para cada cargo. “De acordo com o nosso regimento, a votação é nominal. É praxe fazer a votação por chapa quando é para a mesa toda, mas como serão dois cargos, os vereadores terão que dizer o seu voto para presidente e para vice-presidente”, diz.

Como o vereador Keka já anunciou que deve concorrer à presidência, no início da sessão desta terça-feira é esperado que ele renuncie ao cargo de primeiro secretário. Se isso se confirmar, os vereadores terão que escolher nominalmente um novo presidente, um novo vice-presidente e um novo primeiro secretário para o último ano desta legislatura.

“Eu o considero mau caráter”

A eleição desta terça-feira é bastante aguardada, já que 2019 encerrou com polêmica. A votação para escolha do novo presidente e vice da Câmara era esperada para o dia 17 de dezembro, logo após renúncia de Zancanaro e Martins.

Porém, após assumir o comando da casa interinamente, Keka surpreendeu os vereadores ao encerrar a sessão e deixar a votação somente para esta terça-feira. A decisão do vereador gerou uma grande polêmica, inclusive com trocas de acusações.

Na época, Keka justificou sua atitude devido ao descontentamento com forma como decisões entre o Executivo e a base aliada estavam sendo tomadas. Por outro lado, a base aliada acusou o vereador de não cumprir acordo firmado em 2018.

Pelo acordo feito entre os vereadores da base do governo, a presidência da Câmara em 2020 seria de Ivan Martins. De acordo com ele, o grupo permanece fechado e ele acredita que deve ser eleito nesta terça-feira. “Se acontecer o que foi apalavrado entre os nove vereadores, teremos nove votos no dia da eleição”, afirma.

Mais uma vez, Martins diz que Keka não cumpriu o acordo pelo qual se comprometeu. “Ele se comprometeu que em 2019 seria o Zancanaro presidente e em 2020 seria eu. Infelizmente, ele não cumpriu essa obrigação e está acontecendo tudo isso”.

O vereador diz que Keka tem todo o direito de se candidatar à presidência da Câmara, porém, o considera uma pessoa “inconsistente, que não sabe conduzir nenhum processo, não tem iniciativa para nada e eu considero as pessoas que assumem compromisso e não cumprem como mau caráter”, dispara.

Keka foi procurado pela reportagem de O Município para comentar as afirmações de Martins, porém, ele não atendeu as ligações.