Brusquense coleciona caixinhas de fósforos antigas desde os 10 anos

Brindes marcaram a infância de Marli Teresinha Zanon Risch, que começou a guardá-los aos dez anos

Brusquense coleciona caixinhas de fósforos antigas desde os 10 anos

Brindes marcaram a infância de Marli Teresinha Zanon Risch, que começou a guardá-los aos dez anos

Caixinhas de fósforos antigas possuem uma forte ligação com a história de Marli Teresinha Zanon Risch, 65 anos, moradora no Centro de Brusque. Desde a primeira década de vida, ela leva adiante sua coleção. Em 55 anos, foram mais de 60 caixas. Porém, atualmente, ela guarda 48 que eram distribuídas como brindes.

Na maioria, as caixinhas são de propaganda de empresas, políticos e de eventos esportivos / Foto: Daiane Benso
Na maioria, as caixinhas são de propaganda de empresas, políticos e de eventos esportivos / Foto: Daiane Benso

Em 1960 aconteceram os festejos do centenário de Brusque, que reunia na avenida das Comunidades (do atual Banco do Brasil) até a avenida Martin Luther (no antigo hipermercado Big), a Feira de Produtos das Indústrias. No local, os pais de Marli trabalhavam. O pai na montagem e instalação elétrica e hidráulica do evento e a mãe como cozinheira. “Depois da aula eu ia direto para lá e pegava as caixinhas. Não tinha um motivo especial para guardá-las, mas marcou a minha infância”.

Na sua maioria eram personalizadas com a marca de empresas de Brusque – a maioria já extinta – , com nome de políticos e de eventos esportivos, como os Jogos Abertos do Interior de Santa Catarina e a Copa do Mundo de 1962.

Além dos festejos do centenário, onde Marli iniciou a coleção, as caixas eram adquiridas em comércios da cidade, que entregavam os palitos como brindes e também por meio de fornecedores da empresa do seu pai, que na época tinha uma serralheria. “Ele chegava em casa e me dava, e como eu achava bonito, guardava. Acho que era coisa de criança”, diz.

No entanto, a coleção da infância está até hoje junto da mulher, que afirma que mesmo em tantas mudanças e com o passar do tempo não perdeu e fez questão de guardá-las. Os objetos estão dentro de uma caixa de chocolates na sala de costura de Marli. Frequentemente, ela pega a coleção para ver se as caixinhas não estão úmidas e danificadas. Alguns que rasgaram durantes foram jogados fora. “São lembranças. Acho interessante o registro. Pretendo ainda mostrar para as minhas netas, que hoje ainda são bebês”.

Das 48 que possui, a de Jânio Quadros, presidente do Brasil por um curto período em 1961, é a que mais gosta. Ela conta que ele esteve em visita a Brusque e que distribuía as caixinhas de fósforos. “Como político que foi e por ter estado à frente do país, considero interessante”.

A coleção foi toda adquirida por volta da década de 1960 e 1970, a partir de então, Marli nunca mais encontrou as caixinhas personalizadas. Ela também não conhece outras pessoas que possuem mais caixinhas, a não ser um dos seus irmãos, que tem um pequeno acervo.


Algumas caixas de fósforos da coleção

  • Vidraçaria Cristal
  • Mayer, Gevaerd & Cia
  • Archer S.A Comércio
  • Sociedade Esportiva Bandeirante
  • Casa Nair
  • Ollens, Ruzinsky e Cia
  • Araucária Hotéis – Curitiba (PR)
  • Viação Catarinense
  • Pudim Medeiros – Blumenau
  • Buschle & Lepper – Blumenau

Curiosidades

Existem vários tipos de coleção de caixas de fósforos no mundo. As mais comuns são de propaganda de empresas, políticos, lembranças de hotéis e restaurantes.

Existe um museu na cidade de Tomar, em Portugal, que abriga centenas de caixas de fósforos de várias partes do mundo e de épocas remotas e atuais. O museu é fruto de um colecionador aficcionado, que durante anos idealizou a exposição das caixas ao público.

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