João Vítor Roberge

joao@omunicipio.com.br

As infelicidades do campo e o Brusque muito próximo de engrenar na Série B

Quadricolor tem feito bons jogos, mas vitórias seguem escapando por mínimos detalhes

João Vítor Roberge

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As infelicidades do campo e o Brusque muito próximo de engrenar na Série B

Quadricolor tem feito bons jogos, mas vitórias seguem escapando por mínimos detalhes

João Vítor Roberge

O Brusque pode ter seus pontos fracos, especialmente ofensivos, mas a tendência que os últimos jogos mostram é de crescimento e melhora. O quadricolor se mostra bem treinado, com uma equipe equilibrada e consistente, de marcação forte no meio-campo e defesa muito difícil de bater.

Já são cinco jogos sem vencer, com quatro empates consecutivos, mas os resultados, sozinhos, enganam. Houve detalhes muito estúpidos que impediram triunfos nesta sequência. O mais frustrante de todos foi o pênalti mais azarado do Brusque nos últimos anos.

Mesmo com Brusque e Carlos Renaux dividindo o uso do campo, é absurdo que tenha acontecido isto e que o campo chegue a este ponto numa marca de pênalti. Em boa parte da pequena área, os goleiros têm que lidar com chão batido. Desta vez, o prejudicado foi o Brusque. Numa outra oportunidade, pode ser o Renaux.

Na letra fria do contrato, o Brusque é o responsável pela manutenção gramado do estádio. Contudo, reclama que o Carlos Renaux danifica o gramado porque treina no Augusto Bauer com muita frequência, tornando inviável uma manutenção decente.

O episódio é um alerta, um sinal, uma placa enorme, em letras garrafais, dizendo que é necessário falar sobre o tema e agir com prevenção e reparos, para que o fator casa não se volte contra Brusque e Carlos Renaux. Apesar da responsabilidade parcial de Taliari (que voltou bem da lesão e não pode se deixar abater), foi dada uma chance enorme ao azar no domingo. E o azar não desperdiçou.

Há quem diga “mas o Brusque precisa de um estádio próprio.” É, seria bom para todo mundo, mas é uma discussão que está totalmente fora da realidade hoje. Já pareceu palpável, mas, neste momento, não é. O que temos para hoje é o nonagenário e histórico Gigantinho.

No mais, o Brusque precisa fazer as pazes com a sorte (e sabe-se lá como se faz isso) e não abaixar a guarda. O time está numa crescente, e tem condições de vencer seus próximos adversários. A Série B continua.

Outros lances

Não é a primeira vez que um lance bizarro destes acontece, e não deverá ser a última. Em 26 de dezembro de 2020, o atacante Pedro, do Flamengo, teve um gol anulado pelo mesmo motivo, no Castelão, pela 27ª rodada do Brasileiro. O volante Ronald havia feito buracos na marca do pênalti, antes da partida. Pedro escorregou e deu dois toques na cobrança.

Em 2017, sem VAR, Riyad Mahrez, então no Leicester, também teve o gol anulado na derrota para o Manchester City por 2 a 1, pelo Campeonato Inglês. No mesmo ano, também sem VAR, na cobrança decisiva da disputa de pênalti, Thiago Neves marcou o gol que deu o título da Copa do Brasil ao Cruzeiro, contra o Flamengo. O lance foi muito semelhante ao de Taliari.


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